domingo, 29 de novembro de 2009

Eustática

Eustática
A Ciência dos Fundamentos da Vida

A. Bio-Eustática – Uma Nova Ciência ?
Plano Estrutural e Sistema de Projetos

1. Um novo Discurso ?
Um novo conceito de Ciência ?
Uma nova abordagem científica ?
2. A Bio-Eustática e sua metodologia insofismática
3. A Bio-Eustática e o Movimento da Vida
4. A Bio-Eustática e a Sociedade do Conhecimento
5. A Bio-Eustática e a Globalização
6. A Bio-Eustática e a Ética do Bem e da Paz
7. A Bio-Eustática e sua Espiritualidade Natural
8. A Bio-Eustática e sua ordem crítica e seu progresso dialético
9. A Bio-Eustática e seu complexo de tendências e possibilidades
10. A Bio-Eustática e sua abertura ao novo que liberta
11. A Bio-Eustática e seu processo de superação de limites e barreiras
12. A Bio-Eustática e seu mecanismo de transcendência de objetos e ultrapassagem de obstáculos
13. A Bio-Eustática e o desenvolvimento sustentável
14. A Bio-Eustática e o crescimento econômico, a emancipação política e a emergência social
15. A Bio-Eustática e a cultura da vida
16. A Bio-Eustática e a mentalidade de não-violência
17. A Bio-Eustática e sua nova visão da realidade
18. A Bio-Eustática e sua nova interpretação de Deus, do homem e da mulher, do tempo e da história


B. A Ciência Eustática e sua
Metodologia Insofismática

Conceitos e Definições

Pode-se dizer que Eustática é a atividade humana, natural e cultural ocupada com os fundamentos do ser, do pensar e do existir, os seus princípios reais, racionais e intencionais, as suas origens mentais, corporais e espirituais, as suas fontes imanentes, transcendentais e transcendentes, as suas bases conscientes e inconscientes, racionais e desracionais, reais e irreais, de tal modo que assim possa entender a vida, a natureza e o universo, compreendendo-os como fenômenos mentais, ocorrências reais e acontecimentos enraizados na experiência cotidiana.
Para investigar, analisar, sintetizar e explicar tais realidades fundamentais da vida do dia a dia das sociedades humanas em geral utiliza-se a metodologia insofismática cujas certezas e verdades captadas e encontradas em seus trabalhos de pesquisa são a garantia segura sustentadora dessas possibilidades.
Logo, insofismática é a verdade que se busca, e eustático é o fundamento dessa verdade procurada.
De fato, não só anseiamos pela verdade, mas sobretudo desejamos o fundamento da verdade.
Nesse sentido, a Bio-Eustática investiga o que é verdadeiro e fundamental para a vida humana, natural e universal.
Através da ferramenta da verdade e de instrumentos certos, autênticos e verdadeiros quer encontrar o fundamental dentro e fora da vida, da criação, da natureza e do universo.
Realista, fugindo dos sonhos, a Bio-Eustática assim constrói seu mundo de opções e oportunidades, alternativas, tendências e possibilidades. Seu objetivo central é explicar a vida, suas causas e consequências no meio de nós, com verdades fundamentadas e com fundamentos verdadeiros.
Isso é a Bio-Eustática.

C. Bio-Eustática, a Ciência da Vida

1. A Cultura da Vida, do Bem e da Paz
A Mentalidade de não-Violência

2. Ordem Mental
Disciplina Racional
Organização do Conhecimento

3. Crítica Metódica
Dialética Sistemática
Lógica Estrutural

4. Uma nova visão da realidade
Uma nova interpretação da vida
Um novo olhar sobre a Sociedade

5. Uma realidade sem sonhos
A Experiência real cotidiana
Os fenômenos do dia a dia

6. Desejar a verdade
Buscar o fundamento da verdade
Procurar o Fundamento dos fundamentos da verdade

7. As condições de possibilidade de
todo e qualquer conhecimento
verdadeiramente possível

8. A Ética do respeito interpessoal e da
responsabilidade social e ambiental

9. Espiritualidade Natural
Deus, o Senhor, o Criador, o Autor da Vida

10. Liberdade responsável
Felicidade temporal, real e atual
Eternidade livre e feliz

11. Superar limites
Ultrapassar barreiras
Transcender obstáculos

12. Favorecer tendências
Abrir-se a novas possibilidades
Renovar-se interior e exteriormente
Libertar-se de preconceitos e superstições

13. Ser uma pessoa direita
Praticar a justiça
Conhecer a verdade

14. Amar a Vida
Praticar o Amor
Andar na luz da verdade
Fazer o bem
Viver em paz

15. Progredir material e espiritualmente
Crescer econômica e financeiramente
Evoluir social e politicamente
Desenvolver-se moral e culturalmente

16. Silêncio e Paz
Paciência no Sofrimento
Novidade permanente
Movimento constante

17. Juízo e Bom-senso
Razão e Imaginação
A Racionalidade intencional consciente
ou
a loucura da desRazão imaginária

18. Como é bom ser bom
Ser bom e fazer o bem
Trabalhar com alegria
Fazer bem todas as coisas

19. Saúde individual
e
Bem-estar coletivo

20. Fraternidade
Solidariedade
Generosidade

21. Consciência global
e
Razão diferencial

22. Respeitar as diferenças
Amar os detalhes
Valorizar as pequenas coisas

23. Assumir compromissos
Comprometer-se com as pessoas
Responsabilizar-se seria e alegremente

24. Ser otimista
Pensar positivamente
Alimentar o Alto-astral
Elevar a auto-estima

25. Oração a Deus
Adoração ao Senhor
Louvar, bendizer e glorificar o Senhor Deus

26. Ajudar os pobres e necessitados
27. O Princípio da Indeterminação
Alguém que não é ninguém
Eu sem mim
Eu sou o que não sou
A Presença da ausência
Muito mais que mais...
D. O Ambiente Eustático e
suas circunstâncias insofismáticas

A Bio-Eustática por ser uma ciência nova nos apresenta diferentes surpresas, muitas novidades, enriquecidas por sua unidade e diversidade, sua variedade de possibilidades, sua pluralidade de alternativas, sua identidade e alteridade, liberdade de escolhas e opções múltiplas que caracterizam sua polivalência de virtudes éticas, sua certeza do conhecimento verdadeiramente possível e sua boa espiritualidade humana e natural. Tudo isso, de fato, configura seu ambiente eustático e suas circunstâncias insofismáticas. Busca-se a verdade em todos os sentidos. Deseja-se garantir a sua segurança vivencial e existencial. Procura-se na sua autenticidade científica e metodológica viabilizar um mundo de seres e de coisas construido em bases fundamentalmente justas e corretas, radicais e essenciais, humanas e divinas, naturais e culturais, a partir do qual possa se gerar novos e diferentes conteúdos de vida e trabalho, saúde e educação, onde reinam a fraternidade e a solidariedade, a amizade e a generosidade, a cultura do bem e da paz, a mentalidade do amor, produzindo deste modo idéias boas e novas e ideais cujas fontes são a experiência real cotidiana. Surge então a atual sociedade do conhecimento, criadora de condições de liberdade e felicidade para todos, em função é claro de sua postura comportamental eticamente desenvolvida e que encontra no Criador, o Autor da Vida, Deus e Senhor, o Fundamento de todos os fundamentos, suas raizes de bondade, justiça e paz.
Esse é o meio-ambiente por onde circula e se move cotidianamente a Bio-Eustática, respirando sempre a verdade insofismática com seu clima agradável, amigável e favorável de certezas, intenções e interesses bem fundamentados. É assim que se realiza o processo construtor de uma humanidade de bem com a vida, feliz consigo mesma e livre para buscar outras alternativas de valor. Na verdade, a Bio-Eustática é um fluxo de boas tendências e um complexo de ótimas possibilidades. É uma Ciência real.

E. Consciência Crítica e Razão Dialética:
Os Motores do processo eustático e de sua metodologia insofismática

A Bio-Eustática tem sua vida energética impulsionada pelos fenômenos reais, racionais e intencionais da existência humana, natural e universal, ambiental e cultural, a partir da realização de seus desejos imanentes, transcendentais e transcendentes, e da satisfação de suas necessidades materiais e espirituais, físicas e mentais. Com isso, e a partir disso, pode gerar novas fontes de vida, novas alternativas de trabalho, saúde e educação, novas oportunidades de negócios e compromissos responsáveis, respeitando sempre que possível os limites da natureza, superando as barreiras do conhecimento e ultrapassando de fato os obstáculos à produção de novos conteúdos de qualidade de vida, aperfeiçoando assim o seu movimento crítico e dialético possibilitador de outras, novas e diferentes realidades, realidades essas que se identificam com outras consciências internas e externas que se constroem, com novas experiências que se produzem e com diferentes símbolos, idéias e valores que condicionam a vida das sociedades humanas, mobilizando seus pensamentos descobridores do conhecimento, seus desejos, emoções e sentimentos fecundos e profundos que nos proporcionam novos amores e novas amizades, novos compromissos com a fraternidade universal e a solidariedade entre os povos, novas atitudes generosas em prol da coletividade, e ainda processando comportamentos vitais que nos propiciam maiores e melhores condições de existência, no compromisso assumido com a realidade da experiência cotidiana cujos frutos, efeitos e consequências são um viver otimista e feliz, livre e positivamente verdadeiro, uma vida boa fundada no bem e na paz, no amor e na vida, na ordem com justiça, no direito com respeito, e na liberdade com responsabilidade. Finalmente, estamos diante de uma nova espiritualidade e de uma nova ética, de uma nova cultura universal e de uma nova mentalidade global e diferencial em que o resultado feliz de tudo isso é a possibilidade certa, firme e forte de se acreditar em Deus e confiar no Senhor, garantia de nossas boas atividades diárias e segurança de nosso existir real e atual, temporal e histórico. Para isso, pois, de fato, trabalham incansavelmente a consciência crítica da natureza humana e sua racionalidade dialeticamente criada, mantida e desenvolvida.

F. Bio-Eustática
A Vida Fundamental

A Ciência Eustática – que busca os fundamentos da verdade da vida – através de seu método insofismático – que investiga as origens do ser, do pensamento e da existência; os princípios do espírito e da matéria; as fontes da vida mental, corporal e espiritual; as raízes da consciência humana e da experiência real cotidiana; as bases fundamentais que constituem o tempo e a história, o infinito e a eternidade, o homem e a mulher, os símbolos, idéias e valores, imagens e vivências, intenções e interesses, pertencentes ao mundo real e racional, enfim, que procura explicar com profundidade e com seus fecundos conhecimentos os fenômenos da mente(psicológicos e ideológicos), do corpo(biológicos e sociológicos) e do espírito(transcendentes, naturais e sobrenaturais) – orienta-se sempre pelo desejo e tentativa de entender e compreender a vida fundamental, humana e divina, natural e cultural, política, econômica e social, moral e religiosa, histórica e filosófica, científica e tecnológica, artística, esportiva e recreativa, dentro dos limites da natureza e mesmo além das fronteiras do universo, aqui e agora, no presente e no futuro, no tempo e na eternidade, em seus momentos e circunstâncias reais e atuais, locais, regionais e globais, analisando simultaneamente seu passado histórico, seu hoje cotidiano e seu amanhã possível, projetando tendências, alternativas e possibilidades de ordem material e geográfica, com suas perspectivas relacionadas ao corpo humano, sua mente transcendental, sua realidade imanente e seu espírito transcendente. Portanto, o movimento eustático vai ao encontro permanentemente de suas próprias raízes fundamentais, oferecendo-nos por meio de seu método de certezas e verdades insofismáticas conhecimentos de conteúdo de qualidade, explicadores e orientadores para nós do sentido da vida humana, natural e universal e das razões que nós temos para viver e existir, revelando-nos assim as realidades mais fecundas e profundas do tempo, da história e da eternidade.

G. A Genética Global
A Origem, construção e desenvolvimento
do processo de globalização universal
no seio da humanidade

O Mundo moderno cuja característica mais fundamental é o movimento de globalização que o envolve, tem nesse aspécto
real e atual, histórico e temporal, local, regional e global, do qual participam e com o qual comungam todas as sociedades humanas, com seus grupos, indivíduos e comunidades, trabalhando no seu dia a dia, lutando por melhores condições, relações e situações de vida e trabalho, saúde e educação, batalhando por maiores oportunidades de estudo e emprego, combatendo o bom combate do bem, para isso abraçando uma nova e permanente cultura da paz e de justiça, e também uma nova mentalidade de não-violência, de não-agressão, de não-divisão, de não-exclusão e de não-marginalização, sem as quais é impossível gerar amizade e generosidade, fraternidade e solidariedade, novas e boas idéias com conteúdo de conhecimento de qualidade, uma ética baseada no respeito interpessoal, interativo e compartilhado, e na responsabilidade social, cultural e ambiental, uma nova e importante espiritualidade natural que tenha como princípio
original Aquele que é o Fundamento de todos os fundamentos, a partir de Quem se deve gerar, processar e buscar o verdadeiro progresso, sua ordem, disciplina e organização, do que designamos como Bio-Eustática e sua insofismática crítica com funções dialéticas que a acompanha. Tal é a Genética Global que a Bio-Eustática procura compreender, de onde articula arte e religião, ciência e tecnologia, filosofia e história, ética e espiritualidade, desejando assim tornar o ser humano em geral emergente e ascendente socialmente, emancipado politicamente e evoluido econômica e financeiramente. Deste modo, a estrutura da sociedade e seu sistema de comunidades, e todo o conjunto da humanidade, caminharão continuamente crescendo material e espiritualmente. Esse movimento globalizador das sociedades contemporâneas, com seu fluxo de possibilidades e seu complexo de alternativas e oportunidades, processando o tempo e a história com culturas novas e tradicionais ricas em repertório de conhecimentos, trabalhando cotidianamente no sustento da família, lutando pelo pão de cada dia, sempre despertando novas vocações e formando novas profissões, descobrindo novos talentos, satisfazendo ao mesmo tempo seus desejos humanos e suas necessidades naturais, tudo isso, enfim, identifica a dinâmica da globalização cujo motor, origem e princípio certamente são o homem e a mulher, dependentes é claro de uma Luz Superior e de uma Força Suprema a que chamamos de Deus, o Senhor, o Criador, o Autor da Vida.
H. O Fundamento de todos os fundamentos
Ele está nos rios, mares e oceanos,
e fez da água a fonte da vida.
Ele vive nos lugares mais altos e nos tempos mais distantes,
mas permanece sempre no meio de nós.
Ele canta na voz dos pássaros azuis
e perfuma no aroma das rosas vermelhas.
Ele anda com os ventos e o ar,
Ele acende diariamente o fogo do Sol,
Ele mora na terra mais bonita, Ele ama as mulheres mais lindas
e é amigo dos homens mais corajosos.
Ele explode nas tempestades da vida
e brilha nos relâmpagos da noite tenebrosa.
Ele é a luz do dia a dia.
a força da alegria,
a saúde do trabalhador,
o otimismo do lutador,
o positivismo de quem caminha,
o bem-estar da família,
a realidade sem sonhos,
a razão e a paixão,
o repouso e o movimento,
a ordem e o progresso,
o crescimento e o desenvolvimento,
o bem e a paz,
o amor e a vida,
o respeito e o direito,
a liberdade e a responsabilidade,
o juízo e o bom-senso,
a verdade e a justiça,
a saúde e o bem-estar,
a felicidade eterna.
Ele é Deus, o Senhor, o Criador, o Autor da Vida.

I. Mergulhar nas profundezas...

O Mergulho que devemos dar nas profundezas da vida, a fim de esclarecer os seus mistérios, elucidar os seus segredos, descobrir as suas verdades, desvelar as suas certezas absolutas e relativas, desabrochar suas belezas naturais, suas grandezas humanas e divinas, suas riquezas culturais e ambientais, científicas e tecnológicas, sociais, políticas e econômicas, artísticas e filosóficas, morais e religiosas, temporais e históricas, eternas e infinitas, possibilitará certamente para todos e cada um de nós que vivemos em sociedade neste mundo em que vivemos uma maior qualidade de vida, uma melhor satisfação vocacional e realização profissional, mais desempenho de nossos dons, carismas e talentos, mais criatividade na elaboração de boas idéias e conhecimentos, mais consciência dos nossos problemas diários e dificuldades e contrariedades cotidianas ao mesmo tempo buscando respostas para nossas dúvidas e incertezas, e soluções para o nosso vazio espiritual e o nosso nada existencial, curando também nossas indefinições irreais e irracionais e salvando-nos de nossos indeterminismos obscuros e inconscientes, libertando-nos de nossas prisões ideológicas e escravidões psicológicas, de nossos preconceitos morais e mentais e de nossas superstições religiosas.
Assim, nos conscientizaremos da Bio-Eustática, de sua importância na cultura humana e no ambiente natural em que vivemos atualmente.
Entenderemos o porquê das coisas, os fundamentos da realidade, as origens dos acontecimentos, as fontes do cotidiano, os princípios da natureza e do universo, o sentido de Deus e as bases da existência do bem e do mal.
Compreenderemos como as mulheres são bonitas quando amam, respeitam e valorizam os homens, e vice-versa, como as crianças, os meninos e os garotos são a esperança da humanidade, como a juventude é viva e eterna na experiência de cada dia, como os velhinhos, idosos, aposentados e pensionistas do INSS têm muito a nos ensinar com sua escola da vida, sua prática de trabalho e sua experiência de família.
Eis pois a Bio-Eustática.
Uma nova Ciência ?
Não apenas uma nova Ciência, mas sobretudo um outro olhar sobre a realidade, uma nova interpretação dos seres e das coisas, uma diferente visão dos fatos e acontecimentos diários e noturnos, uma boa maneira de visualizar bem a sociedade e a humanidade, com otimismo e pensamento positivo, com alto astral e auto-estima elevada, de bem com a vida e em paz uns com os outros, construindo sempre ao invés de destruir, gerando amizade e generosidade, fraternidade e solidariedade ao nosso redor, progredindo material e espiritualmente, evoluindo física e mentalmente, crescendo econômica e financeiramente, emergindo social, cultural e ambientalmente, emancipando-se ética e politicamente, desenvolvendo concomitantemente uma ótima espiritualidade natural, ordenando a racionalidade e seus produtos consequentes, disciplinando a mente humana e seu mundo de idéias conscientes e organizando os conhecimentos adquiridos até aqui e agora tendo em vista proporcionar a todos uma vida mais saudável, agradável e amigável, um ambiente de luz, de paz e de bem, e uma cultura alicerçada positivamente na fé em Deus, o Senhor, o Criador, o Autor da Vida, o Fundamento de todos os fundamentos.
Em função disso, mergulhemos pois nas profundezas da existência, do ser e do pensamento.
Que Deus nos ajude nesse trabalho.

J. O Processo Vital

A Vida humana, natural e cultural se realiza, em seu movimento histórico e temporal, real e atual, sob determinadas condições ambientais e genéticas, sociais e biológicas, as quais se identificam com seu complexo de tendências e possibilidades, distribuição de valores, alternativas e iniciativas, escolhas que envolvem a liberdade humana e seu universo social, político e econômico, bem como suas construções de ordem moral e religiosa, artística, recreativa e esportiva, científica e tecnológica, histórica e filosófica, tudo isso, enfim, manifestando sua cultura do bem e da paz e sua mentalidade de ordem e progresso, crescimento e desenvolvimento, evolução física, mental e espiritual, exclusão da maldade e da violência, ignorando outrossim quaisquer espécies de divisão de classes, opressão social e política, marginalização econômica, ou falência cultural. Busca-se de fato a fraternidade e a solidariedade, a generosa, vital, processual e virtual emancipação do homem e da mulher, e sua emergência em todas as áreas e setores da sociedade da qual faz parte dentro deste mundo em que vivemos.
Ao final, a glória, a honra e o louvor ao Senhor nosso Deus que nos proporciona aqui e agora, e para o futuro certamente, todas esses benefícios e maravilhas humanas, naturais e culturais.
O Processo Vital é o desejo de Deus para a humanidade hoje e sempre.

K. Em busca da Essência

O Raciocínio, a análise e a investigação eustáticas objetivam alcançar a essência das coisas, da vida e dos acontecimentos do dia a dia, definindo certamente suas raizes sustentadoras de suas possibilidades e determinando seus fundamentos temporais, reais e atuais, físicos e mentais, materiais e espirituais, sempre em busca do sentido de suas realidades aparentes e substanciais, imanentes e transcendentes, fenomenais e transcendentais, o que identifica a natureza do universo humano e seu ambiente de relações com as pessoas ao seu lado e ao seu redor, interagindo ao mesmo tempo com objetos imateriais e seres conscientes e inconscientes, reais e irreais, imaginários e irracionais, elementos que configuram o estado de condições relativas e indeterministas no qual vive a razão do homem e da mulher ainda que sua inteligência operadora e articuladora se desenvolva somente em clima de ordenações mentais, disciplinas lógicas e racionais e organizações pensantes, discernentes e cognoscentes.
Observamos assim então que o fim da natureza eustática é conseguir a essência da realidade mesmo que para isso tenha que atravessar a aparência da história e seu mundo de fenômenos caóticos e relativos, transitórios e instáveis, provisórios e inconstantes.
Sua metodologia insofismática portanto investiga a essência da vida, o sentido da sua existência e as razões de sua temporalidade e eternidade.
Nesse processo eustático de construções insofismáticas obtém-se o conteúdo da realidade, a essência de suas manifestações históricas e racionais, e ainda o seu ambiente de possiblidades mesmo imaginárias, irreais, inconscientes e irracionais.
A Essência real também convive com suas adversidades irrealistas e irracionalistas e suas contrariedades atemporais e inconscientes.
Procurando a essência da vida real, a eustática pode encontrar contrários, regiões do pensamento e da experiência que contradizem o cotidiano de suas manifestações práticas.
O importante nessa busca é não se perder a perspectiva racional e intencional que vai em direção ao sentido do seu ser, pensar e existir.

L. Fundamentar as nossas certezas

Eustaticamente, vivemos em busca de nossas profundezas existenciais e espirituais que servem de fundamento para as nossas opiniões formalizadas, as nossas certezas construidas, as nossas verdades estabelecidas, os nossos princípios morais e religiosos, as nossas ideologias centralizadas, os nossos axiomas metafísicos, as nossas aparências essenciais, as nossas consciências plurais e diversamente produzidas, as práticas cotidianas experimentadas a cada dia e a cada noite que nos tornam pessoas realistas e assim por diante.
Bem fundamentados, nos tornamos equilibrados, controlamos melhor a nossa mente e as nossas paixões e emoções, dominamos os nossos desejos e anseios e a nós próprios.
Desse modo, a vida se faz segura e temos então a garantia de uma existência de paz e tranquilidade.
Assim, acalmamos a nossa alma e o nosso corpo.
Bem sustentados por nossas essências realmente conscientes e racionais, é possível bem viver com nossos sentimentos bem satisfeitos e nossas atitudes bem administradas.
Bem orientados, eis o resultado de uma vida bem substanciada.
Passamos a viver bem.

m. A Transparência Substancial

No fundo mais fundo e mais profundo da realidade em si está a raiz de todos os seres e de todas as coisas, a essência da vida, o princípio da verdade, a origem da consciência e da experiência, a fonte do real e do racional, a base dos valores e das virtudes, o fundamento do bem e da bondade, da paz e da concórdia, a substância da luz, a claridade da transparência, o centro do respeito e da responsabilidade, a definição do juizo e do bom-senso, a alegria do equilíbrio, o sustento do universo, o controle da natureza, o domínio da humanidade, a saúde feliz, a liberdade contente, o bem-estar das criaturas, a condição da boa amizade, fraternidade e solidariedade, ou seja, em outras palavras, a energia vital, a força do Criador, o Poder de Deus, o Senhor, o Autor da Vida.
Ali, sobrevive a transparência substancial, razão de tudo e de todos, sentido da vida e da existência.
Lá, o médico dos médicos, o remédio certo para as nossas dores, a cura perfeita de nossos males, a salvação das nossas contradições internas e externas, a libertação do nosso interior e exterior.
Acolá, a central do sorriso, o otimismo que levanta e o positivismo que nos anima, ilumina e fortalece.
Nas profundezas da realidade em si pois se encontra o segredo da vida e o sucesso da existência.
Nelas, o divino, o determinismo natural, a consciência real, a liberdade feliz e a felicidade eterna.
Nelas, os desejos do infinito e as necessidades do tempo e da eternidade.
Delas, precisamos.
Com elas, nos satisfazemos e realizamos.
Por elas, tudo tem sentido e todos têm a sua razão de ser.
Para elas, voltamos sempre, porque nelas se acham as nossas origens físicas, mentais e espirituais, a consolidação da matéria e do espírito, a estabilidade que garante permanentemente a nossa segurança temporal e histórica, real e atual, local e regional, global e universal, eterna e infinita.
Nelas, nos chocamos com a luz.
A Luz da transparência da verdade.
A Verdade clara e autêntica.
A Essência do Sol.
A Transparência Substancial.
Deus e Senhor.

n. No fundo dos oceanos,
a essência da vida

Quanto mais fundo os nossos pensamentos, melhor descobrimos a vida dentro e fora de nós.
Quanto mais profundo os nossos sentimentos, maior a nossa percepção da realidade, mais fácil a apreensão dos conhecimentos, mais tranquila a nossa abstração de idéias, valores e vivências que afetam o nosso ser e contagiam a nossa existência de cada dia.
No fundo da realidade, a vida se descobre, o mundo se revela, a humanidade se desvela, e se reflete mais para nós a substância real, o princípio dos acontecimentos, a origem dos seres e das coisas, a essência da realidade ao nosso lado e em torno de nós.
Ao aprofundarmos a nossa inteligência no entendimento dos fatos e na compreensão dos acontecimentos cotidianos, descobrimos a vida e seus fenômenos mentais, físicos e espirituais, a verdade da matéria e a transparência do espírito.
Então, tocamos a essência da realidade, a verdade da vida, o fundamento do ser, a origem dos nossos pensamentos e conhecimentos, o princípio da nossa existência temporal e eterna.
Sim, é preciso mergulhar no fundo dos oceanos da nossa vida, para captarmos a sua realidade mais verdadeira e profunda.
Tal o objetivo da Eustática.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

A Origem dos Sonhos

A Origem dos Sonhos

1. O Sonho e a Realidade

Pensamento e Realidade não são a mesma coisa.
Pensar, sonhar, imaginar: eis a realidade da racionalidade.
A Realidade, pois, pode estar no munfo das idéias ou no mundo da experiência.
Realidade pensante e realidade concreta.
Realidade teórica e realidade prática.
Realidade inteligível e realidade sensível.
Realidade ideal e realidade experiencial.
Como vemos, existem 2 tipos de realidade:
o sujeito e o objeto,
as idéias e as coisas,
o ser e o ente,
a essência e a aparência,
a substância e o acidente,
o interior e o exterior,
a consciência e a práxis,
o eu e o outro,
a razão e a sensação,
a inteligência e os sentidos,
em mim e sem mim,
dentro de mim e fora de mim,
nós e os outros,
a insistência e a existência,
a história e os fatos,
os atos e os acontecimentos,
o interno e o externo,
o aquém e o além,
o tempo e o espaço.
O Sonho é não fazer a diferença,
é não fazer o discernimento,
é não fazer o esclarecimento.
O Sonho é a mistura,
a confusão,
a complicação.
Misturar a teoria com a prática,
confundir o sujeito com o objeto,
complicar a essência com a aparência.
Sonhar é a não realidade,
a fantasia,
a imaginação,
o pensamento imaginário,
a loucura e a desrazão.
Quando dormimos e sonhamos: eis a loucura do ser,
a loucura da mente,
a loucura da razão.
O Sonho é o nosso estado de loucura,
a nossa experiência de demência,
a nossa existência doente.
O Sonho é o mal do espírito,
a doença da alma,
a moléstia irracional,
a enfermidade da irracionalidade.
O Sonho é a falta de juizo,
a carência de bom-senso,
a presença da ausência,
o vazio e o nada,
. alguém que não é ninguém.
O Sonho existe sem existir,
existe sem ser,
existe sem acontecer.
O Sonho é a loucura,
a irracionalidade,
a desrazão,
a ausência de juizo,
a falta de bom-senso.
O Sonho é as trevas,
a noite,
a morte,
a escuridão,
a maldição,
a desgraça,
a perdição.
O Sonho é o pensamento louco,
a razão doida,
a inteligência maluca.
O Sonho é a realidade irreal,
a realidade da loucura,
a loucura da realidade.
Vamos realizar sem sonhar,
descansar sem dormir,
repousar sem imaginar qua a luz vai acabar
O Sonhador não é realista.
O Realista não é sonhador.

2. O Poder da Imaginação
A Loucura dos Sonhos Metafísicos

Imaginar é apresentar imagens a si mesmo, e sobre elas criar sonhos e fantasias, um mundo imaginário que foge à realidade cotidiana. Tal mundo imaginário se pensa e se cria a si mesmo, descobrindo novas imagens a partir de imagens antigas. Deste modo, crescendo e se desenvolvendo, a imaginação imagina-se, cria-se, constrói-se, articula-se por imagens umas sobre as outras, levando a pessoa humana a sonhar incrivelmente, de maneira fantástica e extraordinária, ao ponto de ela ser atraída ao fechamento, aprisionando-se dentro de si própria. Com efeito, a imaginação nos prende, escraviza e aprisiona, obstruindo nossas idéias e pensamentos, obscurecendo a nossa consciência e alienando-nos do dia-a-dia da nossa vida.
Imaginar é um perigo!
Aberta a imaginação, ela nos faz sonhar, enlouquecendo a nossa vida.
As imagens apresentadas e representadas na mente do homem e da mulher, de fato, produzem o processo de enlouquecimento da humanidade, que sonha com símbolos imaginários, recriando-os e reproduzindo-os continuamente no interior de seus pensamentos alheios à realidade.
Na verdade, o poder da imaginação parece escapar aos limites da natureza humana, que, perdendo o controle sobre si, é superada por suas forças imaginárias, ultrapassada por suas tendências loucas e enlouquecedoras, que transcendem as delimitações da consciência, tornando-a alheia a si, outra dentro de si, isolando-se do real e fugindo dos parâmetros racionais, onde deve prevalecer o juizo e o bom-senso.
Certamente, então, perde-se a consciência, o juizo e o bom-senso, vivendo-se assim a loucura irracional, a desrazão inconsciente e a demência imaginária, as quais afugentam-nos da cotidianeidade, da realidade diária da nossa vida pessoal e social.
O Imaginário é metafísico, está além e aquém da matéria real.
Imaginar é possibilitar o sonho,
a loucura,
a demência,
a inconsciência,
a irracionalidade,
a irrealidade.
Devemos cortar o mal pela raiz.
Não deixar a árvore crescer.
É perigoso imaginar e imaginar-se!

3. Imaginação – A Razão Louca
O Irreal e o Irracional

O Mundo da Imaginação é imprevisível visto que é feito de irrealidades, irracionalidades, sonhos, loucuras, demências, pensamentos loucos, utopias, fantasias, seres imaginários, coisas inconscientes, previsões irrealizáveis, profecias inexplicáveis, enfim, um mundo da loucura dos sonhos imaginários.
Imaginar aleatoriamente pensamentos loucos, enlouquecendo a razão com sonhos irreais e irrealizáveis, vivendo-se então a desRazão demente e inconsciente, tal situação imaginária corresponde à realidade irreal e à razão irracional onde se sonha com seres incríveis e fantásticos e coisas espetaculares e extraordináruas, originando um mundo louco e sonhador, ausente do cotidiano e fora da realidade do dia-a-dia da nossa vida.
Esse estado de loucura, sonho e imaginação, irrealidade e irracionalidade, caracteriza o mundo da imaginação.
É um mundo do nada e do vazio, da falta e da ausência, que ignora o real e o racional, o juizo e o bom-senso, criador de impossibilidades.
Ele existe sem existir, é um real irreal, um racional irracional.
A Imaginação ou a Razão Louca invade universos estranhos, percorre estradas fantásticas e imaginárias, caminha por desertos secos e instáveis, inconstantes e transitórios, provisórios e perecíveis cuja expressão máxima é a loucura dos sonhos imaginários.

4. A Loucura dos Sonhos Imaginários
ou
a Realidade da Razão Consciente

Qual o seu caminho ?
A Paz ou a Violência ?
A Bondade ou a Maldade ?
O Bem ou o Mal ?
A Luz ou as Trevas ?
O Amor ou o Ódio ?
A Vida ou a Morte ?
O Direito ou o Errado ?
A Justiça ou a Injustiça ?
A Verdade ou a Falsidade ?
A Realidade ou os Sonhos ?
A Consciência ou a Loucura ?
A Razão ou a Imaginação ?
Deus ou o Diabo ?

5. O Processo de Conscientização da Realidade

Tomar consciência das coisas, na verdade, é um processo lento de apreensão do conhecimento da realidade, dentro da qual se está inserido.
De fato, conhecer (tomar consciência) é um movimento globalizamte, onde se abstrai o todo em função de suas partes.
Lentamente, a partir das diferenças, formamos o conhecimento global, no qual se dá o processo de conscientização da realidade.
Conscientizar-se é o conhecimento do conhecimento vagarosamente adquirido, em que diferencialmente formamos a abstração ou apreensão do todo a ser conhecido.
Tal é o movimento construtor, articulador e globalizador da realidade.
A conscientização da realidade se dá por um movimento permanente de memorização, onde o conhecimento se fixa na consciência a partir de idéias ou símbolos repetidamente apreendidos ou abstraídos.
A memória, portanto, é importante nesse tal processo de conscientização da realidade.
Sucessivas idéias, teorias ou ideologias, quando continuamente, e repetidas vezes, memorizadas, passam então a se fixar na tomada de consciência da realidade.
Frequentemente, a memória se exercita, a fim de oferecer à consciência a tomada de conhecimento da verdade das coisas reais em si, de si e para si.
De si, em si e para si, a consciência abstrai ou apreende o conhecimento, através de um movimento de memorização lento, vagaroso e paciente, formando e informando de fato o que deve ser conhecido.
Ocorre, então, lentamente, um verdadeiro descobrimento da realidade, que revela pouco a pouco o grau ou nível de conscientização obtido, para cujo processo trabalha incessantemente a memória do sujeito humano que então se conscientiza.
Certamente, tal descobrimento da realidade acontece dentro da consciência (em si), partindo dela (de si) e terminando nela (para si): movimento de reflexão consciente, memorizador da realidade.
Assim, descobrir a realidade,
descobrir a verdade real, é um acontecimento fenomenológico(fenomenal), ou seja, são idéias(fenômenos da consciência) que se repetem dentro dela, de modo a se fixarem nela, refletindo o estado de consciência então observado, ou melhor, o estado de abstração ou apreensão da realidade em si, de si e para si.
Logo, memória e consciência atuam juntas, unindo-se na articulação do descobrimento da verdade da realidade.
Essa articulação do conhecimento em si, de si e para si, é o que chamamos de processo de conscientização da realidade.
É a consciência real.

6. O Mundo da consciência e a consciência do mundo
A Consciência em si, de si e para si
O Processo de construção, consolidação e desenvolvimento
dos fenômenos da consciência humana e suas condições de possibilidade

1) Os fenômenos da consciência humana
a) Os símbolos ou ocorrências simbólicas
b) As idéias ou fatos ideológicos
c) As imagens ou acontecimentos imaginários
d) As intenções(interesses) ou sintomas intencionais
e) Os valores ou efeitos valorativos
f) As vivências ou práticas vivenciais
2) O mundo consciente
3) A Consciência real
4) A Realidade nua (superar limites,
ultrapassar barreiras,
transcender obstáculos,
quebrar preconceitos,
destruir superstições,
gerar tendências,
criar possibilidades,
abrir a mente,
renovar a vida,
libertar-se de prisões)

7. A Realidade da Consciência
e a Consciência da Realidade

A Consciência humana tem limites ?
Em seu mundo interior, os fenômenos ali presentes e insistentes são os símbolos, as idéias, as imagens, os valores e as vivências da pessoa humana, responsáveis por sua interação com a realidade cotidiana e o meio-ambiente local, regional e global no interior dos quais vive, convive socialmente e sobrevive material e espiritualmente.
Tais fenômenos da consciência constituem sua realidade interna.
Contudo, pode-se perguntar:
a) Além de si, ou fora de si, existe alguma realidade ?
b) É possível sua realidade exterior ?
c) Ou tudo é interno, todos são interiores ?
d) Existe alguma coisa fora da consciência ?
e) Ou será que a consciência é a única realidade ?
f) Eu sou tudo e todos ?
g) Eu sou o pensamento ?
h) A Realidade é pensamento ?
i) A Realidade é a consciência que abarca a tudo e a todos ?
j) O Real é racional ?
k) O Racional é real ?
l) Não existe diferença entre consciência e realidade ?
Acredito na possibilidade de uma realidade exterior, fora e além da consciência interior.
Com efeito, a consciência é limitada, e além de suas fronteiras ou fora de seus limites próprios, existe e insiste o outro, uma outra realidade, caso isso seja possível.
Eu e os outros formamos e desenvolvemos uma única realidade eterna, infinita, permanente, constante, imutável, estável, absoluta, necessária, imprescindível,
universal e fundamental, cujas consciências são mutáveis, inconstantes, instáveis, finitas, relativas, variáveis, móveis e individualizadas, proporcionando uma relação distributiva, integrada, interativa e compartilhada em que a interpretação da realidade pelas consciências operantes do eu e dos outros seja verdadeiramente global e diferencial.
A partir deste ponto-de-vista, acima referido, pode-se observar a real diferença entre consciência e realidade.
Por conseguinte, a consciência-em-si é a sua realidade própria, interna e externa, visto que internamente ela é inteligível, e, por outro lado, externamente, ela é sensível, ou seja, através do sentidos humanos(visão, olfato, audição, gosto e toque) ela entra em contato com a experiência concreta.
Outrossim, a consciência-de-si é a sua auto-reflexão sobre si mesma.
A Consciência-para-si é a sua relação subjetiva com a sua objetividade que ela
desenvolve dentro de si.
Logo, a consciência-em-si, de si e para si manifesta interiormente seus fenômenos vitais que tornam possível seu contato com a realidade externa, fora e além de si mesma.
Os fenômenos vitais que acontecem no interior da consciência humana em seu choque com a realidade exterior são pois de ordem simbólica, ideológica, imaginária, valorativa e vivencial.
Na ordem simbólica, temos os símbolos ou representações mentais de algo real.
Na ordem ideológica, temos as idéias ou representações inteligíveis da mente humana.
Na ordem imaginária, temos as imagens ou representações mentais em movimento constante ou transitório.
Na ordem valorativa, temos os valores ou representações intencionais da consciência humana.
Na ordem vivencial, temos as vivências ou ocorrências vitais ou acontecimentos comportamentais ou atuais do homem e da mulher.

8. A Consciência Real

Quando a consciência humana e a realidade prática cotidiana se encontram, interagem entre si, compartilhando seus caracteres próprios, desde então estamos diante da Consciência Real que significa o desaparecimento dos sonhos, a destruição da loucura e a fuga do imaginário, o abraço da racionalidade com a realidade, da consciência com a experiência, convivendo-se assim com um ambiente de juizo e bom-senso, sem fantasias loucas e imagináris, sem sonhos metafísicos, assumindo-se de fato um compromisso responsável com a realidade do dia-a-dia e seus momentos sociais, políticos, econômicos e culturais.
A Consciência real é dinâmica, prática, experimental, ativa, atuante, comprometida e responsável.
Sua realidade é consciente, racional, equilibrada, emocionalmente ordenada, disciplinada e organizada, lógica, mentalmente estruturada, inteligivelmente sistematizada, metodologicamente orientada, produzindo permanentemente novos pensamentos, sentimentos e comportamentos. É criadora de novas idéias e novos conhecimentos. Abraça a ética do bem e da paz. Desenvolve uma espiritualidade voltada para a construção do bem social, o bem coletivo, o bem comunitário onde a fraternidade, a solidariedade e a generosidade são os frutos resultantes de uma sociedade pacífica, ordeira e organizada. Graças a Deus a humanidade hoje caminha para essa realidade, a realidade consciente, ou a Consciência Real.

9. O Mundo da Imaginação
Um mundo sem tempo e sem lugar
Um mundo sem chão e sem teto
Um mundo sem portas e sem janelas

Quando estamos no universo imaginativo-imaginário, na verdade, todas as nossas garantias somem e todas as nossas seguranças desaparecem. Vivemos sem viver. Existimos sem existir, O Nada e o vazio acontecem. A Falta e a ausência aparecem. Estamos num mundo de demências e aparências. Os fatos acontecem incrivelmente, de maneira fantástica e extraordinária. É o espetáculo da loucura. O show dos sonhos. A Festa dos loucos. Pois nele não há tempo nem lugar. Não há teto nem chão.Não há portas nem janelas. Eis a irrealidade. Eis a irracionalidade. Eis a inconsciência. Eis a presença da ausência.
A Consciência Real, como vimos acima, é o contrário de tudo isso.
Além disso, esse universo de produções loucas, sonhadoras e imaginárias têm como consequência um comportamento violento, mau e ruim, identificado com a divisão e a exclusão, a solidão e marginalização, a opressão, a depressão e a repressão.
De tudo isso, concluimos que atualmente as sociedades humanas em geral, no mundo inteiro, experimentam um processo relativo e parcial de enlouquecimento existencial.
A Sociedade está enlouquecendo.
O Futuro do mundo será o Hospício do Pinel ???

10. O Futuro é o Hospício ???
Caminhamos para o Pinel ???
O Mundo realmente está ficando maluco ???

De um lado, sim.
Por outro lado, não.
Eu ainda acredito em Deus, o Senhor.
Eu ainda creio no bom juizo e no bom-senso das pessoas.
Eu ainda espero no respeito e na responsabilidade que as pessoas devem ter.
Eu ainda mantendo as devidas esperanças em uma sociedade do bem e da paz, do amor e da vida.
Eu ainda tenho fé.
Eu ainda acredito no homem e na mulher.
Eu ainda creio em Deus, o Senhor, o Criador, o Autor da Vida, que, apesar de tudo e de todos, ainda conduz a história, guia os acontecimentos da realidade cotidiana, orienta o destino dos Povos e Nações, produz a realidade da razão consciente, a Consciência Real, e ignora totalmente a loucura dos sonhos metafísicos e imaginários.
Eu ainda acredito em mim e nos outros.
Eu ainda creio em nós.
Deus existe.

11. O Poder da Maluquice da Cabeça

A Maluquice tem poder.
A Maluquice gera a violência,
produz a maldade,
cria a confusão mental.
A Maluquice, ou a perda do juizo e da consciência, é responsável pela doença social que atinge indivíduos e grupos humanos, alheios à realidade cotidiana, longe de sua consciência racional, ignorando assim o dia-a-dia da vida, sobretudo hoje em nossa sociedade atual.
Atualmente, em nossa sociedade doentia, assistimos a um processo de enlouquecimento individual e coletivo, onde na família, no trabalho ou na escola as pessoas se violentam e violentam os outros, se maldizem e maldizem os outros, se amaldiçoam e amaldiçoam os outros, são más e ruins consigo mesmas e com os outros, produzindo então um estado de vida, cujas condições favorecem a cultura da morte, loucos enlouquecendo-se uns aos outros, mortos matando-se uns aos outros, violentos violentando-se uns aos outros. Em consequência, o mal-estar social, político, econômico e cultural, instalou-se em nossa sociedade, tornando-a doente, vítima de sua própria loucura, sua violência, maldades e ruindades. Vemos assim o crescimento da fome, da pobreza e da miséria, nas ruas, nos morros e nas favelas, fazendo explodir as cidades urbanas, fruto também das migrações do campo e do interior.
A Loucura fixou-se, instalou-se e estabeleceu-se entre nós, na sociedade contemporânea, afetando populações inteiras, que lutam para viver, conviver, sob-viver e sobre-viver no interior de tal processo enlouquecedor, para o qual contribuem ainda o desemprego, a marginalização, a ausência de trabalho e a falta de atividades.
O Poder da Loucura está no meio de nós.
O que fazer ? Para onde fugir ? Como escapar de suas conseqüências trágicas, alarmantes e desastrosas, perniciosas, corruptoras e destruidoras ?

12. Aberração Psicológica
Costinha, Zé Pereira e Juracy
O Trio Elétrico do Hospício do Pinel

No hospital de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, todo santo dia era dia de quebra-quebra e pancadaria, sangue e violência, maldade e ruindade, doentes, médicos, enfermeiros e funcionários em confusão geral, excluindo-se uns aos outros, abraçando a guerra interna e rejeitando a paz e a concórdia em um ambiente hostil, contrário ao bem e ao amor, totalmente adverso e antitético, contraditório, refletindo fundamentalmente o estado de saúde então reinante naquele local: aberração psicológica, desvio de comportamento, alienação e fuga da realidade, loucura metafísica, prática reveladora da vivência dos sonhos imaginários irreais, irracionais e inconscientes, falta de juízo e bom-senso, ausência de mútuo respeito e recíproca irresponsabilidade moral, social e comportamental, marginalização real e exclusão social, império da maldade e da violência generalizada.
Tal o quadro-negro e doentio, louco e marginal, então ali encontrado todos os dias, noites e madrugadas, mostrando-nos realmente que a saúde de uma pessoa se inicia na sua cabeça, na sua consciência boa ou má, na sua razão louca ou saudável, na sua inteligência clara e distinta ou confusa e complicada, na sua mente sadia ou doente e enferma.
Assim acontecia diariamente a chamada aberração psicológica, com seus traumas e desvios, neuroses e psicoses, preconceitos e superstições, confusões e complicações, violências e maldades, marginalidades e loucuras, sonhos e imaginários, irrealidades e irracionalidades, inconsciências e alienações.
Nesse meio-ambiente confuso e complicado, doentio e malicioso, mau e violento, marginal e excludente, se achavam Costinha, um doente mental cujo sonho era comprar a Europa, a América e a África; Zé Pereira cujo trabalho era comprar e vender dinheiro em todas as suas farmácias, padarias e botequins do Brasil; e ainda Juracy, o grande líder e chefe dos malucos cuja atividade era, como todos já sabiam, armar, planejar e concretizar a bagunça e a palhaçada, a confusão e a violência, o quebra-quebra e a pancadaria, dentro e fora do Hospício do Pinel de Jacarepaguá. Formavam eles o Trio Elétrico do Hospício
Esse Trio Elétrico do Pinel, na verdade, era a alegria dos malucos, pois eles é quem animavam, motivavam e incentivavam a todos e cada um dos enfermos, distribuindo alegria e felicidade, elevando sua auto-estima, gerando no ambiente alto-astral geral, ficando todos enfim, no final das contas, felizes, alegres e contentes.
Era deste modo que Juracy, Costinha e Zé Pereira ajudavam a todos a vencer a solidão e o isolamento, e ganhar a batalha medicinal e hospitalar contra a depressão e a aberração psicológicas.

13. Dormindo e Sonhando
O Sonho da loucura do ser
A Loucura da imaginação irreal
Imaginação louca e irreal,
irracional e inconsciente,
doente e insensata

O Sono da madrugada, quando dormimos depois de um dia de trabalho, nos revela o estado doentio do ser, do pensamento e da existência humanas.
Esse estado doentio se identifica com a inconsciência de nossos sonhos, suas fantasias irreais e suas irracionalidades imaginárias.
Tal é a loucura do ser,
a moléstia do pensamento,
a demência da existência.
Homem e mulher, quando estão dormindo, experimentam um mundo irreal de incríveis fantasias extraordinárias.
Irrealidade – ausência do real – que significa fuga do cotidiano, falta de racionalidade, carência de consciência, identificação com o imaginário, a loucura dos sonhos metafísicos.
Irracionalidade – ausência de razão – que representa nosso estado doentio de falta de juizo e bom-senso.
Inconsciência – ausência de consciência – que reflete a enfermidade louca e fora de si de nossa inteligência, seus pensamentos irreais e ausentes do dia a dia da nossa vida, seu ser irracional que sofre então da síndrome da desrazão imaginária e de sua existência distante, longe de nós, afastada de nosso convívio diário, vivendo a loucura do sono da morte e dos sonhos irrealizáveis sem desejos e sem esperanças.
Eis pois o sentido dos sonhos.
O significado da loucura do ser.
A razão de nossos pensamentos imaginários.
O reflexo de nossa existência irreal e irracional, sem ciência e sem consciência, sem juizo e sem bom-senso, burra e insensata, maldosa e violenta, ignorante e mentirosa.
Por isso, sejamos sempre realistas.
Viver a realidade da experiência concreta cotidiana é a chave do sucesso de nossos bons trabalhos e boas atividades e o segredo de uma vida orientada pela cultura do bem e da bondade e pela mentalidade da paz e da não-violência.
A realidade é a nossa salvação.
Que o Senhor Deus nos ajude e abençôe.

14. A Imaginação Patológica
O estado doentio de um
raciocínio baseado em hipóteses

“Eu acho”, “quem sabe”, “pode ser”, “talvez”, “é possível” são expressões hipotéticas reveladoras de uma mente doente cuja imaginação doentia vive um círculo vicioso capaz de gerar raciocínios incertos e duvidosos que não chegam a lugar nenhum. Pensa-se hipoteticamente, fazendo-se curvas de opinião sem fundamento algum, o que reflete a desrazão irreal, uma realidade irracional, imaginando-se tal realidade ao mesmo tempo em que se ignora a realidade mesma como ela é. Então, o inconsciente fala mais alto, o imaginário grita mais forte, o sonho torna-se real, a irrealidade acontece e a irracionalidade se manifesta através das palavras que se apresentam.
Tal é a imaginação patológica.
Ignora-se a experiência real dos fatos concretos.
Vive-se em um mundo de ilusões e fantasias.
Sonhos incríveis, fantásticos e extraordinários.
Pois então sejamos realistas.
Fujamos das hipóteses.
Realmente práticos e concretos, experimentaremos uma mente sadia, uma razão saudável e agradável, uma inteligência lógica, coerente e sem erros, uma consciência reta onde o bom juizo e o bom-senso são os seus melhores amigos.
Realistas, teremos mais saúde e bem-estar maior e melhor.

15. Eu sem mim

Parece-nos que hoje em dia o ser humano não tem mais identidade.
Sua identidade é sua alteridade.
Eu não sou eu.
Eu sou eu sem mim.
Eu sou o outro.
Eu sou uma outra pessoa.
Vivo em mim um outro ser diferente de mim.
Observa-se que o homem e a mulher, aqui e agora, têm uma outra consciência de si mesmos, ou várias consciências dentro de si próprios.
Experimentam a sua própria alteridade.
São outros, outros seres em si mesmos, outros pensamentos dentro de si próprios, outras existências alheias ao seu eu.
Sim, eu sou o outro.
Sou o outro quando o sirvo e ajudo.
Sou o outro quando me ausento de mim mesmo, me alieno, me torno completa ou relativa alienação de mim próprio.
De fato, eu sou hoje um alienado.
Estou fora de mim mesmo.
Quando sou mau e violento, então estou longe de mim, fora do meu ser, distante da minha natureza boa, criada por Deus.
Quando uso de agressão e crueldade em meus relacionamentos, então eu sou ausência de mim, estou fora de mim, vivo a falta de mim mesmo.
Quando contrario a minha natureza, que é sempre boa, desde as suas origens, gerada pelo Criador, Autor da Vida, então eu sou alienação, sou uma outra pessoa, não eu mesmo.
Quando pratico a injustiça, uso de falsidade com as pessoas ao meu redor, sou uma mentira em pessoa, vivo um teatro ou uma novela em minha vida, então eu não estou vivendo, eu estou sim na verdade fingindo, representando, sendo ator, e não eu próprio.
Se crio a divisão em torno de mim, excluo as pessoas da minha vida, rejeito-as, oprimo-as e marginalizo-as, então, eu sou eu sem mim.
Vivo então hoje na maioria das vezes uma alteridade em minha vida, sou uma alienação em pessoa, estou fora de mim, ausente do meu ser, pensar e existir, dando falta de mim mesmo em minhas relações, condições e situações de vida e trabalho, experimentando assim de fato a negação do meu eu, minha contradição viva, minha rejeição e exclusão de mim mesmo.
Eu então sou a minha própria negação, rejeição e exclusão.
Eu próprio marginalizo a mim mesmo.
Eu pois vivo o meu eu sem mim.
Sou sim uma outra pessoa.
Um outro ser diferente e ausente de mim mesmo.
Sou sim a minha falta, a minha ausência, a minha carência, a minha miséria, a minha ignorância, a minha pobreza, a minha mendicância.
Tudo isso porque contrario a minha natureza essencialmente boa, ordeira e pacífica.
Porque então decidi ser violento.
E mau.

16. Eu sou o que não sou

Várias vezes durante o dia e a noite vejo-me em situações estranhas e esquisitas quando então assumo uma outra personalidade diferente de mim, um outro eu, com novos caracteres diversificados, uma outra identidade, uma outra alteridade, uma vivência alheia a mim próprio.
Sou então uma alienação em pessoa.
Tenho pensamentos fora de mim, sentimentos alheios ao meu eu, comportamentos que me revelam uma outra pessoa que está dentro de mim.
São instantes que me mostram o meu estado de inconsciência, irrealidade e irracionalidade experimentados simultaneamente.
Estou pois dentro e fora de mim ao mesmo tempo.
Eu sou o que não sou.
Sou sem ser.
Estou sem estar.
Vivo sem viver.
Experimento sem experimentar.
Sinto sem sentir.
Eu de fato um verdadeiro alienado, com outra identidade e nova alteridade em mim mesmo, dentro e fora de mim.
Penso sem pensar. Sou sem ser. Existo sem existir.
Porque vivo uma outra vida diferente da minha.
Fora do meu eu sou um outro, um outro ser, uma outra pessoa, um outro pensamento, uma outra consciência, uma outra existência, uma outra experiência de vida.
Percebo facilmente isso quando estou violento, sou mau com as pessoas, entro em conflito com elas, perco a cabeça e as agrido, sendo cruel com elas, contrariando-as e contradizendo-as, espalhando divisão e mau-estar no ambiente onde eu vivo e me relaciono com as pessoas, excluindo-as e marginalizando-as.
Nesses momentos, estou ausente de mim mesmo, sinto falta do meu eu.
Vivo uma outra pessoa diferente, contrária e contraditória, negando-me a mim próprio.
Vivo uma contradição em pessoa. Sou alienação.
Todavia, quando retorno à prática do bem e da bondade e à vivência da paz e da concórdia, enfim, quando regresso a Deus, o Senhor, então eu me reencontro, volto a mim mesmo, acho o meu eu, antes perdido dentro e fora de mim mesmo.
Passado o período de alienação do meu eu e de contradição de mim mesmo, volto ao meu ser, reencontro a minha essência, regresso a minha substância pessoal própria.
Então, eu volto a ser eu.
Tenho consciência do meu retorno a mim mesmo.
Esse processo de conscientização de mim próprio é importante para a minha paz interior e para eu estar de bem com a vida.
Obrigado, Senhor, porque eu voltei ao que era antes.

17. Eu sou muito
mais que mais...

Meu limite é viver sem limites.
Superar meus limites, ultrapassar minhas barreiras e transcender meus obstáculos, ir além das fronteiras do conhecimento verdadeiramente possível, ainda que tenha que compreender e respeitar minhas limitações humanas e naturais, tal é o caminho da vida, seu movimento eterno, seu processo permanente de superação de si mesma, mergulhando então nas profundezas do oceano vivo e infinito, a fim de conhecer seus segredos e desvendar seus mistérios, descobrir suas verdades e desvelar suas certezas absolutas e relativas, tirar as roupas dos preconceitos e das superstições, ultrapassando seus mitos, ídolos e estigmas mentais, físicos e espirituais, e transcendendo igualmente as definições metafísicas e as determinações éticas, estéticas e religiosas, quando então atingirá o máximo de excelência humana, de perfeição natural e completa transfiguração cultural, realizando assim em si, de si e para si a mais correta metamorfose global e diferencial da existência real e atual, temporal e histórica, eterna e infinita, mesmo em suas dimensões locais e regionais.
Esse o sentido do progresso, o caminho do desenvolvimento, a estrada da evolução e do crescimento construidor de uma nova mentalidade cultural para a humanidade, uma nova cultura do bem e da paz e um novo ambiente de amizade e generosidade, união, fraternidade e solidariedade.
Sim, nosso caminho é sem fim.
Nossa estrada é eterna.
Nessa caminhada infinita e sem limites nem fronteiras, eis o sentido da nossa vida e a razão da nossa existência.
Caminhamos ao encontro de Deus.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Filosofática

Filosofática
A Ciência do Pensamento
Interpretativo

A. Compreendendo a Filosofática...

Filosofática é uma nova maneira de fazer filosofia.
É a Ciência do Pensamento Interpretativo.
É um outro e diferente olhar sobre a realidade que nos cerca, a partir do qual deseja explicar seus fundamentos, suas essências e aparências, seus princípios e suas manifestações racionais, simbólicas e imaginárias, conscientes e intencionais, de interesse daquela pessoa humana que realiza tal interpretação.
É a Filosofia Interpretativa.
É a visualização natural de como trabalha a racionalidade humana em contato com os fenômenos cotidianos e suas manifestações em forma de acontecimentos do dia a dia.
Então, aqui e agora, filosofar é interpretar, raciocinar olhando os diversos aspéctos da realidade, refletir observando os detalhes dos fatos e as diferenças dos acontecimentos do dia a dia.
Interpretando a realidade ao seu modo próprio, entende-se como a racionalidade humana tem um caráter individualizado, personalizado, característico de cada pessoa, ainda que suas reflexões, pensamentos e interpretações possam ser compartilhadas e interagir com outros grupos e indivíduos, diferentes comunidades e coletividades, tornando, enfim, a sociedade humana mais pluralizada, detalhada e diferenciada, sem perder é claro suas propriedades gerais, integradas e globalizadas.
Assim a Filosofática deseja ajudar o homem e a mulher a descobrir uma das funções mais características da racionalidade humana: a de ser intérprete da vida e da realidade, possibilitando com suas reflexões cotidianas e seu olhar real, racional e consciente, uma vida melhor para a sociedade, com condições de progresso e desenvolvimento, crescimento e evolução que são possíveis de serem alcançados.
Além disso, a Filosofática busca igualmente proporcionar ao ser humano em geral mais condições de exercer sua liberdade, meios mais fáceis, maiores e melhores de atingir a sua felicidade, a partir é óbvio dessa sua capacidade vocacional de interpretar os seres e as coisas, apontando pois tal caminho como o instrumento eficaz de libertação humana integral, com o qual fugirá de suas prisões ideológicas e escravidões psicológicas, excluirá de si e em si toda possibilidade de violência e agressão, maldade e divisão, opressão, exclusão e marginalização social.

B. A Filosofia propriamente dita

Contrariamente à tradição clássica aristotélica, segundo a qual a Metafísica ou Ontologia seria a própria filosofia, a Filosofática afirma ser a Eustática – Ciência dos Fundamentos da realidade – e a Insofismática – Ciência das Verdades relativas – a Filosofia propriamente dita. Ambas, ao lado da Filosofática, formam a trilogia filosófica com características essencialmente interpretativas, cujo trabalho hermenêutico é des-cobrir a substância dos acontecimentos, des-velar a essência dos fatos, fazer desabrochar os fenômenos da consciência real, racional e intencional, traduzidos em idéias e ideais, símbolos e imagens, intenções e interesses, valores, virtudes e vivências. Deste modo, trabalham a Filosofática, a Eustática e a Insofismática.
São a própria Filosofia original, sabiamente concebida pelos gregos, antes refletida pelos chineses e indianos, e, ao longo da história da filosofia da humanidade, no Oriente e no Ocidente, desenvolvida sob múltiplas faces, em diferentes áreas do conhecimento, em diversas manifestações da existência cotidiana, tais como: a Ética, a Política, a Estética, a Ontologia, a Axiologia, a Epistemologia, a Teleologia, a Lógica, a Fenomenologia, a Hermenêutica, a História da Filosofia e etc.
Todas essas revelações da Filosofia possuem caracteres reflexivos, investigativos e interpretativos.
Constituem pois o Pensamento Filosófico enquanto tal.

C. A Filosofia Científica

A Filosofática – Ciência do Pensamento Interpretativo – ao lado da Eustática – Ciência dos Fundamentos da realidade – e da Insofismática – Ciência das Certezas relativas – são consideradas pelos especialistas, mestres e doutores de filosofia, como Ciências Filosóficas onde os dados da abstração e da apreensão são fornecidos pela racionalidade humana, os dados da sensação e da observação são obtidos dos sentidos e os dados da experiência são conseguidos da realidade prática cotidiana.
Nesse sentido, o conhecimento verdadeiramente possível é alcançado quando a razão ou inteligência humana abstrai ou apreende da realidade concreta experimental, através das informações sensíveis e observáveis dos sentidos, tais matérias ou conteúdos de conhecimento de qualidade.
Assim se processa o conhecimento.
Deste modo se criam as idéias.
Desta forma são gerados os conteúdos cognoscíveis.
Portanto, para a produção do conhecimento verdadeiramente possível operam e trabalham juntas a racionalidade e a experiência, intermediadas pelos sentidos humanos.
Eis pois a Filosofia Científica.
Para tal, entram em ação a Filosofática – interpretando a realidade – e, ao seu lado, a Eustática – fundamentando a mesma realidade – e a Insofismática – autenticando tal conhecimento obtido desta realidade.
Logo, a Filosofia agora é também Científica.

1. Realidade e Interpretação

Observando o objeto real chamado cadeira, percebemos que podemos olhá-la de diferentes pontos-de-vista:de cima ou por baixo, da direita ou pela esquerda, pela frente ou por trás, e também pelo meio da cadeira.
Assim é a nossa realidade.
Assim são os nossos acontecimentos.
Assim é a vida.
É possível observar a realidade concreta sob diversos modos, de diferentes maneiras, de vários pontos-de-vista, a fim de compreendermos exatamente o que é a realidade, o seu conteúdo mais profundo.
A Realidade é sempre a mesma.
Muda, porém, o olhar sobre essa realidade: a sua compreensão, o seu conhecimento, o seu entendimento.
Diferentes pontos-de-vista, vários olhares sobre o mesmo objeto real, o mesmo acontecimento histórico, favorecem uma visão global e parcial, maior e melhor, e, portanto, mais certa, correta e verdadeira, sobre tal realidade. Contudo, a realidade permanece inalterada, modificando-se apenas o olhar, a compreensão, o ponto-de-vista sobre essa realidade.
Ex: o descobrimento do Brasil.
A Realidade é a mesma: o descobrimento do Brasil.
Todavia, a interpretação é diversa.
Aliás, várias interpretações diferentes.
Há quem diga que Pedro Álvares Cabral teve a intenção de descobrir o Brasil.
Uma outra interpretação diz que o Navio de Cabral sofreu uma tempestade no mar, veio parar aqui no Brasil.
Pode também o descobrimento do Brasil ser fruto do interesse de Portugal e Espanha, os grandes da época, séculos XV e XVI.
Igualmente, pode ter sido consequência de uma guerra, um combate armado no mar, entre Portugal e Espanha, que resultou na descoberta do Brasil e da América. Quem sabe Cabral e Colombo se cruzaram pelo caminho;
Estas são hipóteses, interpretações possíveis sobre uma mesma realidade: o descobrimento do Brasil.
O que se viu para o objeto real(cadeira) também vale para o acontecimento histórico(o descobrimento do Brasil).
Entretanto, a realidade em si é a mesma.
Varia, porém, a interpretação desta mesma realidade.
A Realidade é única, constante, absoluta.
A Interpretação é variável, diversa, diferente, relativa.

1.a. Realidade e Interpretação

Compreender a relação entre realidade e interpretação é fundamental para o entendimento da funcionalidade do processo de construção do conhecimento. A Realidade em si é estável, constante, permanente, enquanto que a interpretação da realidade é variável, flexível, relativa, dependendo sempre do olhar consciente e racional , interpretador da realidade natural, temporal, histórica, cultural, política, econômica e social. Deste modo, quando observamos uma cadeira, por exemplo, podemos visualizá-la a partir de diferentes pontos de observação: da direita ou da esquerda, de frente ou por trás, por cima ou por baixo, e, inclusive, do meio da cadeira. Veremos, sempre, uma realidade constante, com diversos pontos-de-vista, através dos quais olhamos a cadeira diferencialmente, relativamente, e, ao mesmo tempo, de maneira global. 1) Visão global e diferencial - 2) Visão subjetiva e objetiva 3) Visão relativa e absoluta. Quando observamos a cadeira (realidade), globalmente, temos uma visão completa, objetiva, integral, absoluta. Por outro lado, ao observarmos a realidade (cadeira) de modo pontual, relativo diferencial e subjetivo, teremos uma visão parcial e incompleta. Assim, a realidade é constante, e variável é a interpretação.

2. Ponto de Vista
O Universo da Interpretação

1) Razão e desRazão
No processo articulador do discurso hermenêutico ou interpretativo pode-se encontrar tanto informações reais, conscientes e racionais como também informações irreais e irracionais, ambas apresentando os 2 lados da mensagem e seu conteúdo linguístico então estudados e pesquisados.
2) Lógica e Dialética
Por outro lado, o material que serve de estudo, análise e pesquisa hermenêutica ou interpretativa pode igualmente mostrar-se de forma lógica – quando há unidade e coerência no sentido da mensagem das palavras – ou de meneira dialética – quando o contexto linguístico surge com aparências contraditórias dentro si, havendo erros de conexão das palavras, falhas ortográficas, sintáticas e gramaticais, defeitos morfológicos, idéias contrárias e objetivos inalcançáveis.
3) Subjetivo e Objetivo
A Mensagem trabalhada pode se achar evoluida de modo subjetivo ou objetivo.
Sua subjetividade significa o reflexo do lado pessoal ou individual de quem produz seu conteúdo, sua criatividade, personalidade, individualidade, identidade, localidade, temporalidade, historicidade, cotidianeidade, espacialidade, contexrualidade, caráter, e seus pensamentos, sentimentos e comportamentos ali revelados.
Sua objetividade traduz-se em nele descobrir elementos universais, objetivos, necessários, absolutos, globais, metódicos, estruturais, sistemáticos e metodológicos.
4) Identidade e Diferença
A Pesquisa hermenêutica ou interpretativa ao analisar o conteúdo linguístico estudado identifica 2 modelos de abordagem literária: de um lado, a orgânica ou corporativa cujo desenvolvimento é linear, lógico, uno e unitário; por outro lado, a abordagem plural, distributiva, integral com uma evolução discursiva alternada, paralela, generalizada e globalizada. A primeira reconhece uma identidade no texto; a segunda apresenta um conteúdo diverso, diferente, ainda que não contrário ou contraditório.
5) Síntese e Análise
Verifica-se também que o autor de uma obra focaliza-o ora de maneira sintética ora de modo analítico.
No contexto sintético, a obra é visualizada em sua totalidade, de forma global e integral, universalmente distribuida.
No contexto analítico, a obra possui um visual diferencial, articulado em seus detalhes e diferenças, onde as partes se diversificam e se distribuem somando um todo completo, ordenado e organizado.
6) Global e Diferencial
Outrossim, a forma global e diferencial de se expressar enriquece a obra do autor, identificando suas características próprias e abrindo seu conteúdo com novas tendências e possibilidades que tornarão seu contexto literário mais perceptível, mais observável, mais abstraivel
e mais propagável.
7) A Hermenêutica e suas possibilidades
A Ciência Hermenêutica é aquela responsável pela interpretação do conteúdo linguístico e suas expressões textuais, sonoras e visuais, decifrando então seus caracteres originais, descobrindo seus dados e contexto históricos, analisando seu conteúdo discursivo e informativo, sintetizando seus elementos principais, abrindo suas possibilidades, superando seus limites, renovando suas tendências, desvelando sua originalidade, libertando-se de preconceitos e superstições, ultrapassando os obstáculos da palavra e da linguagem, transcendendo as barreiras bloqueadoras da nudez linguística.
O Trabalho hermenêutico se faz dentro de um contexto linguístico para o qual contribuem eficazmente o repertório cultural do intérprete ou interpretador, sua educação familiar, seus valores morais e religiosos, seus conhecimentos científicos adquiridos, sua experiência vivida, sua prática cotidiana, sua realidade do dia-a-dia, seus contatos e relacionamentos diários, sua condições e relações de trabalho, a lógica do discurso e a dialética do debate, a crítica dos especialistas e sua opinião própria.
Hermeneuticamente, é possível construir uma síntese global e uma análise diferencial do conteúdo estudado, realizando-se de fato um trabalho de pesquisa fundo e profundo, de caráter eustático e desenvolvimento insofismático, sem os quais a pesquisa hermenêutica interpretativa torna-se praticamente inútil.

3. Questão de Opinião

Hoje em dia, opina-se sobre tudo e todos.
É fácil dar a sua própria opinião.
Comentar um fato, refletir sobre um acontecimento, explicar certas coisas, eis a mera opinião no cotidiano da nossa existência.
Geralmente, a opinião não tem fundamento, não se apóia em certas bases da realidade ou da racionalidade, não assume um pensamento enraizado em certas fontes reais, racionais ou conscientes, embora possa ter o caráter de uma reflexão muitas vezes pensada, ser uma simples conjugação de palavras e frases sem estrutura lógica ou sistêmica, visto que seu objetivo é apenas manifestar o ponto de vista de uma pessoa ainda que sem raízes sistemáticas, sem bases fundamentais, sem princípios lógicos e ontológicos, sem fontes originadas na realidade ou no pensamento consciente e racional.
De fato, ao manifestar a sua mesma opinião sobre os seres e as coisas, sobre os diferentes momentos da realidade, sobre as diversas circunstâncias da vida, sobre variadas situações do dia a dia, a pessoa humana deseja simplesmente apresentar a linguagem da interpretação positiva, embora tal interpretação ou opinião relativa não se sustente por si própria, não esteja alicerçada sobre os princípios da razão consciente, não reflita a racionalidade característica de um indivíduo de posse de sua mente reflexiva.
Portanto, a opinião humana é efêmera, instável, relativa, inconstante, indefinida, indeterminada, incerta, incorreta, quase sempre duvidosa, muitas vezes parecida com o bom-senso natural, irrefletida em suas ocorrências linguísticas, não fundamentada na racionalidade, sem lógica e sem fontes consistentes.
Outrossim, percebe-se que opinar é a linguagem corrente do dia a dia, o acontecer da interpretação relativa, a manifestação do pensamento sem fundamentos lógicos, racionais e conscientes.

4. Uma nova visão da realidade

Todo indivíduo ou pessoa humana tem o direito natural de manifestar a sua visão da realidade, desde que em condições de respeito à liberdade alheia, sem ofender ou contrariar com abuso e violência os direitos dos outros, ou sua opinião ou sua diferente interpretação sobre os fatos.
É a chamada liberdade de expressão.
Liberdade com respeito e responsabilidade.
Ou seja, o direito natural de expressar as suas idéias em público ou não, manifestar sua opinião própria acerca dos acontecimentos, interpretar a sua maneira os fatos, os seres e as coisas, visualizar os fenômenos da realidade abertamente, até os limites da liberdade dos outros, não ultrapassando as fronteiras do juizo e do bom-senso, mantendo então a dignidade humana, o respeito mútuo, e a responsabilidade recíproca, sem apelar para atitudes maldosas e violentas, excluidoras das pessoas, marginalizadoras dos indivíduos e repressoras da livre opinião ou expressão de pensamentos, sentimentos e comportamentos.
Portanto, sob condições específicas pode-se apresentar a sua própria visão da realidade, a sua opinião pública e aberta, a sua outra, nova e diferente interpretação da vida e da sociedade.

5. Um outro olhar sobre os acontecimentos

Uma das características da racionalidade humana mais importantes, além de sua capacidade interpretativa dos fatos da realidade, é sua possibilidade de interpretar diferentemente, de acordo com a consciência de cada um ou do grupo interpretador, o que na verdade proporciona diversas visões da realidade, novas visualizações dos acontecimentos, outros olhares sobre os fenômenos do dia a dia.
Assim, de modo crítico e dialético podem coexistir várias opiniões ao mesmo tempo, mostrando pois as diversas faces da realidade, as diferentes racionalizações que podem ocorrer em um mesmo debate, conflitando então as idéias, realizando uma verdadeira tempestade cerebral, o que de fato resulta em crescimento social, político, econômico e cultural, progresso material e espiritual, evolução física e mental, desenvolvimento ordenado, disciplinado e organizado da sociedade como tal.
Tais diferenças hermenêuticas ou mesmo suas contradições interpretativas na verdade possibilitam a clareza das idéias e a lucidez dos conhecimentos, coerência ética e fortalecimento espiritual.
Essa iluminação interior causada pelo debate crítico e dialético de pensamentos e conhecimentos diferentes propicia certamente uma qualidade sem igual às discussões empreendidas, excelência ao diálogo apresentado e certa perfeição ao modo de visualizar as opiniões manifestadas.
Todos crescem é verdade.

6. Uma diferente observação dos fatos

Percebe-se no dia a dia das pessoas que convivem em sociedade que elas, embora sendo muitas, possuem cada qual sua diferente maneira de observar os fatos da realidade concreta, diferenciando-se umas das outras, cada uma com detalhes próprios e novos acerca dos acontecimentos diários, personalizando pois ao seu modo a visão que têm das experiências cotidianas, particularizando igualmente sua interpretação dos fenômenos de cada instante, singularizando seu olhar específico diante das situações da vida, perante as circunstâncias temporais e históricas, reais e atuais, ao lado e em torno das condições reais de cada momento, construindo assim para si e em benefício dos outros sua visualização construtora, positiva e otimista, visto que o ciclo natural das coisas da vida de cada dia segue um curso para a frente e para o alto, a partir de que se conclui que a cada hora da nossa existência humana estamos sempre crescendo, progredindo e evoluindo, desenvolvendo cada vez mais e melhor nossas atividades pensantes, discernentes e cognoscentes.
Sim, somos diferentes.
E crescemos nessa diferença de olhar sobre a realidade que manifestamos a cada momento.

7. Visualizar ao seu modo

De fato, cada pessoa humana em particular tem seu modo próprio de perceber a realidade, interpretar os fatos de cada dia e olhar os acontecimentos, sempre fazendo a diferença entre seu mundo interior e a visão que os outros possuem, o que na verdade propicia-lhe um bom caráter comportamental, uma personalidade firme e forte, auto-estima elevada, alto-astral, mais otimismo em relação à vida, pensamento positivo diante da realidade que a cerca, maior senso de criatividade, responsabilidade pessoal, social e ambiental, grande capacidade de respeito interpessoal que mantém em referência aos outros, alto compromisso com as pessoas com quem vive e trabalha, satisfação vocacional e realização profissional bem apuradas, bom exercício de seus dons, carismas e talentos, mais entusiasmo com suas atividades cotidianas, mais animação em suas atitudes, mais motivação em seus empreendimentos e maior incentivo nos seus esforços por ajudar a construir um mundo mais humano, justo, pacífico, fraterno e solidário.

8. Interpretar a sua maneira

O ato de interpretar tem um caráter mais pessoal do que coletivo ainda que se possa fazer interpretações em grupo, o que não invalida o lado individual dos seus componentes.
Interpretar é apontar o seu ponto de vista sobre os fatos da realidade, ou acerca de quaisquer fenômenos subjetivos e objetivos.
À primeira vista, interpretar está mais de acordo com a visão própria e pessoal que o indivíduo mantém em relação à experiência cotidiana, podendo igualmente tal olhar individual conjugar-se com outros olhares pessoais, o que aumenta de certa maneira o ângulo de visão que o grupo passa a ter diante da realidade.
Logo, a ação interpretativa e interpretadora dos fatos pode ser individual ou coletiva, embora o lado pessoal, em ambos os casos, sobressaia com maior relevância e melhor consistência.
Mesmo integrado a um grupo, o indivíduo não deixa de manifestar sua própria visão pessoal sobre as coisas e os seres que estão ao seu lado e ao seu redor, contribuindo é verdade de fato para uma maior interpretação dos acontecimentos, interpretação qualitativamente superior, visto que muitos integrantes do grupo contribuem para um olhar maior e melhor sobre a realidade.
A Interpretação do grupo não deve ignorar a visão pessoal própria que cada um deve ter.

9. Ver as coisas e os seres a partir de uma perspectiva pessoal própria

Dar a sua própria opinião sobre os acontecimentos do dia a dia deve enriquecer a visão que a sociedade tem sobre os fatos, ajudar no discernimento e diferenciação e detalhamento dos vários aspéctos que a experiência concreta possui, o que na verdade aumenta a nossa perspectiva global e diferencial olhando assim com mais clareza, lucidez e evidência a verdade que essencializa e fundamenta os fenômenos do cotidiano.
Com efeito, emitir o seu próprio ponto de vista é o ponto de partida para um maior entendimento da realidade e compreensão de suas verdades mais fundamentais, somando-se então a outros olhares interpretativos e interpretadores, configurando assim uma maior visão do concreto e uma melhor experiência da realidade.
É importante portanto salientar o grau de relevância que representa uma opinião bem fundamentada, um ponto de vista essencialmente bem concebido, uma visão da realidade bem orientada, substancialmente bem construida e aparentemente bem de acordo com o ambiente onde deve se inserir o seu conteúdo pessoal ou coletivo.
Oferecer o seu ponto de vista sobre a realidade é fator de crescimento para todos, desenvolvimento da sociedade, evolução dos corpos e das mentes e progresso material e espiritual para toda a coletividade.

10. Enxergar os diversos ângulos da vida

A Realidade é única mas são várias as interpretações que se podem obter dessa mesma realidade.
A Vida real possui diversos ângulos de observação de onde se visualiza suas verdades e certezas de diferentes modos críticos, sintéticos e analíticos.
Com efeito, embora a vida e a realidade sejam sempre as mesmas, com identidades próprias, a maneira pela qual podemos olhá-las é múltipla, polivalente e pluridimensional.
Sim, realmente, a racionalidade é interpretativa e interpreta a realidade que nos cerca de diferentes modos, sob ângulos diversos de observação, o que na verdade nos ajuda a entender melhor tal realidade, compreender a vida que vivemos com mais autenticidade, globalidade e diferencialidade, com detalhes mais vivos e abertos, tornando nossa interpretação dos fatos mais verdadeira e transparente.
Tal possibilidade aberta de interpretação plural da realidade vem de fato nos enriquecer mentalmente, engrandecer os nossos conhecimentos e qualificar de fato nossa capacidade de discernimento, o que nos dá condições certas e corretas de sempre fazer a verdadeira diferença entre as coisas, separar o bem do mal, o verdadeiro do falso, a paz da violência, a vida da morte, o amor do ódio, e assim por diante.
Interpretar pois é saber fazer bem a diferença entre os seres e os objetos.

11. Os vários aspéctos do ser, pensar e existir

A Vida é interpretação.
Viver é interpretar.
Interpretando a vida do ser, a realidade do pensar e o fenômeno da existência neles descobrimos detalhes que aumentam a nossa compreensão de suas características fundamentais, neles desvelamos suas verdades essenciais bem diferenciadas, neles abstraimos sua globalidade de situações diversas, neles apreendemos conhecimentos necessários para o bom entendimento de suas circunstâncias de vida autêntica, certa, correta e verdadeira.
Assim nossa inteligência dos acontecimentos torna-se mais aberta e liberta, mais renovada a cada momento, já que nossa capacidade interpretadora dos fatos faz da novidade permanente a verdadeira realidade de nossa consciência, esta cada vez mais criativa, mais produtora de novas e diferentes possibilidades, geradora de condições de vida e trabalho mais condizentes com a realidade da existência humana.

12. Viver é Interpretar

Observa-se cotidianamente que a pessoa humana, homem e mulher, passam a vida inteira interpretando...
Interpretando os acontecimentos.
Interpretando a realidade ao seu lado e a sua volta.
Interpretando os seres e as coisas.
Interpretando os fenômenos reais com os quais vive, convive, mantém contato e se relaciona diariamente.
Interpretando a política e a economia.
Interpretando a cultura e a sociedade.
Interpretando a moral e a religião.
Interpretando o tempo e a história.
Interpretando a arte e a filosofia.
Interpretando a ciência e a tecnologia.
Interpretando aleatoriamente, sem definir seus objetos de pensamento, sem fundamentar sua opinião, sem refletir em bases sólidas da consciência ou da racionalidade, dentro ou fora da realidade em que se vive no dia a dia da sociedade dentro da qual estamos inseridos neste mundo em que vivemos.
É próprio do ser humano em geral interpretar.
Emitir sua opinião sobre as coisas, ter seu ponto de vista pessoal sobre os fatos da realidade, possuir sua visão personalizada dos acontecimentos do dia a dia, olhar a sua maneira os fenômenos reais ou racionais, conscientizar-se dos problemas cotidianos ao mesmo tempo em que tenta solucioná-los, encontrar uma resposta às suas perguntas permanentes, resolver suas questões mais interrogativas, buscando assim um novo modo de viver a vida, com mais sentido e maior razão de ser, mais dinâmica e mais coerente com os objetivos existenciais a que se propõe realizar durante a vida diária de cada momento temporal e circunstancial e de cada situação problemática assumida no decorrer de cada dia.
Sim, realmente, vivemos interpretando...
Somos em essência intérpretes da realidade que nos cerca.
Somos interpretadores do cotidiano, de seus acontecimentos locais, regionais e globais, reais e atuais, temporais e históricos.
Somos criadores assim da história, da nossa história de cada dia.
Somos contadores de história e de estórias.
Interpretar portanto é algo natural e cultural à existência humana como tal.
De fato, nossos conhecimentos são resultado de reflexões interpretativas que empreendemos em relação à realidade cotidiana.
Todo saber, pensar e conhecer, sentir e se comportar são consequências de uma atitude reflexiva interpretativa do sujeito humano perante a realidade que o envolve, com a qual se relaciona e mantém contato no dia a dia.
Somos intérpretes.
Tal a nossa essência natural.
A razão do nosso existir e o sentido da nossa vida.

13. A Vida é Hermenêutica

Nós, seres humanos vivos, dentro e fora da experiência real cotidiana, estamos sempre fazendo e vivendo da Hermenêutica, ou seja, concebemos a vida, o ser e a existência a partir de nossa própria interpretação dos fatos e acontecimentos do dia a dia, de acordo é claro com o nosso repertório cultural adquirido até aqui e agora, o nosso grau, nível, volume e qualidade de conhecimentos obtidos até então, a educação familiar que recebemos, os princípios de vida que abraçamos, os valores morais e as virtudes éticas que guardamos até hoje conosco, as vivências espirituais e as experiências existenciais de que nos apropriamos diariamente, o convívio social que estabelecemos com as pessoas cotidianamente, os nossos relacionamentos de cada dia e as nossas relações sociais, políticas e econômicas com as quais somos e pensamos, vivemos e existimos, sentimos e nos comportamos diante da sociedade da qual fazemos parte dentro deste mundo cotidiano onde nos encontramos hoje.
Somos hermenêuticos.
Somos interpretação em pessoa.
Hermeneutizamos nossa vida de cada momento quando interpretamos os seres e as coisas a nossa maneira própria, deles tiramos algo bom para viver, neles visualizamos um outro, novo e diferente olhar sobre a realidade, com eles construimos uma ótima observação dos fenômenos diários, a partir deles criamos uma visão boa, legal e bacana sobre a vida, o ambiente em que estamos, o tempo e o lugar em que nos encontramos na situação presente, nas condições humanas, naturais e culturais nas quais nos realizamos e satisfazemos nossos desejos e necessidades, nas circunstâncias temporais e históricas, reais e atuais, locais, regionais e globais com que nos referenciamos dentro do Planeta Terra, estabelecendo então aqui e agora um ponto de contato, de relacionamento e de convivência com os grupos e indivíduos, comunidades e sociedades que se encontram ao nosso lado e ao nosso redor todos os dias e noites da nossa vida de cada hora, minuto e segundo.
Hermeneutizar é próprio da pessoa humana em geral.
Interpretar é o sentido da vida e a razão de existir.
Para isso fomos feitos.

14. Fé, Razão e Interpretação

É Natural o homem e a mulher terem fé.
Uma fé natural em Alguém Superior, Ser Supremo, Pensamento Maior e Existência Melhor do que a nossa natureza humana pode suportar dentro de seus limites propriamente naturais.
Igualmente, a pessoa humana em geral se utiliza dessa fé natural que ela possui para poder acreditar não apenas em Deus, o Senhor, o Criador, o Autor da Vida, mas também nas boas coisas da vida, no bem e na paz, na fraternidade e na solidariedade, em coisas que lhe atraem e em objetos que lhe são agradáveis e favoráveis, nos amigos que conhecem e nos familiares que lhe dão abrigo e o necessário para viver e existir, nas situações saudáveis que a vida tem e nas circunstâncias de amor e vida que o cotidiano lhe apresenta, nos momentos de alegria e de prazer, de saúde e bem-estar, de otimismo e felicidade, nas condições e relações de trabalho e de família que lhe oferecem alto-astral e uma auto-estima elevada, enfim, em tudo aquilo que é vida e que existe como reflexo e manifestação desse Alguém Supremo e Superior a tudo e a todos que chamamos de Senhor Deus, Princípio da Vida e Sentido da Existência.
Do mesmo modo, essa fé natural serve de suporte ao nosso pensar, ser e existir.
Ela de fato é o fundamento da nossa racionalidade.
A partir dessa fé natural, articulamos nossos raciocínios, sustentamos nossos pensamentos, desenvolvemos nossos argumentos, empreendemos nossas retóricas, baseamos nossa lógica, originamos nossa dialética, defendemos nossa eustática de vida, advogamos a insofismática de nossas boas idéias e bons conhecimentos, garantimos a nossa boa ética comportamental e seguramos firme e fortemente a nossa boa espiritualidade natural.
Sendo assim, a fé fundamenta não só a nossa racionalidade como ainda a nossa hermenêutica de vida e a nossa interpretação dos fenômenos cotidianos, dos fatos e acontecimentos do dia a dia.
Logo, a fé é indispensável ao pensamento interpretador da realidade humana, natural e cultural, global e diferencial, integral e universal, tornando-se com efeito o grande princípio da razão, origem do processo inteligente de racionalização de nosso cérebro, com o qual construimos a cultura, a política e a economia, a sociedade e o cotidiano da nossa vida, o ser e o saber, o pensamento e a existência, o corpo material e a alma espiritual, a ética e o conhecimento, a moral e a espiritualidade, a ciência e a tecnologia, a arte e a filosofia, o tempo e o espaço, a história e a eternidade.
Graças a essa fé natural do ser humano, dom de Deus às suas criaturas, é possível pensar e raciocinar com lógica e dialeticamente.
Assim nasce a nossa interpretação pessoal acerca dos seres e das coisas reais e atuais.
Acreditando pois produzimos nossos pensamentos de vida e realizamos nossas interpretações da realidade.

15. O Exame da Realidade

Ao examinarmos uma determinada realidade local, regional ou global, histórica, temporal e atual, o fazemos de modo crítico ou dialético, eustático ou insofismático, investigando suas origens momentâneas, situacionais e circunstanciais, seu contexto social, político, econômico e cultural, sua língua própria e suas linguagens simbólicas, textuais, imaginárias, sonoras e visuais, sua formação colonial, imperial e republicana quando houverem, seu fluxo esportivo, artístico e recreativo, seu complexo filosófico, científico e tecnológico, seus valores morais e suas virtudes éticas e religiosas, seu progresso material e espiritual, sua evolução física e mental, seu crescimento como realidade ordenada, disciplinada e organizada, sua sociedade naturalmente constituida e culturalmente desenvolvida, seus moradores e trabalhadores com seus grupos, comunidades e coletividades, sindicatos e associações, seu povo civil e militar, sua gente infantil e adolescente, jovem e adulta, idosa e mais velha, de aposentados e pensionistas, de homens e mulheres, de pobres e crianças, igualmente suas atividades e opções sexuais, seu quadro de saúde alimentar, suas doenças, moléstias e enfermidades, o bem-estar de sua população e o bem-comum de seus indivíduos e pessoas, suas fontes energéticas(solar, eólica, térmica, elétrica, hídrica, petrolífera, gás natural, biocombustíveis e etanol a partir do milho e da cana de açúcar, da soja e da beterraba), seus sistemas de transportes e locomoção, seus canais de mídia e comunicação social, sua estrutura de internet e informática, de rádio e televisão, de jornais, livros e revistas, de telefone fixo e celular, sua infra-estrutura de água e esgoto e saneamento básico, de gás e luz, de fogão e geladeira, seu setor imobiliário em evolução, seu cotidiano de ruas e avenidas, farmácias e jornaleiros, botequins e padarias, quitandas e armazéns, shoppings e supermercados, enfim, toda a sua mecânica diária de desenvolvimento cuja visão total ou parcial certamente haverá de nos ajudar na interpretação hermenêutica dessa realidade de vida experimentada em nosso dia a dia.

16. O Foco da Intencionalidade

O Sujeito que interpreta uma definida realidade o faz tendo como objetivo final uma certa intencionalidade, a qual dirige o caminho da interpretação focalizando o seu conteúdo conforme os fins ora almejados.
Buscar esses fins é a meta da hermenêutica que usa os mais diversos mecanismos para alcançá-los, seja através de sínteses concisas ou de análises precisas.
Na verdade, a boa intencionalidade empreendida e seus objetivos almejados trabalham construindo metas a serem alcançadas, em função das quais têm origem a matéria estudada, a realidade examinada, o conhecimento gerado, o conteúdo produzido e a racionalidade investigadora que, por meio de sínteses e análises bem feitas, é a responsável por todo esse repertório cultural inteligente criado justamente a partir da ciência dos fins desejados ou da boa intencionalidade querida.
Desse modo, de acordo com as boas intenções observadas acontece o processo investigativo e interpretativo com o qual se vai construindo o seu conteúdo de conhecimento de qualidade.
Por conseguinte, os objetivos definidos, ou as boas ou más intenções em jogo, determinarão a qualidade da interpretação e a excelência de seu conteúdo processado.
Sim, realmente, a intencionalidade é o foco da interpretação do qual dependem a perfeição ou a imperfeição hermenêutica.

17. O Clima Hermenêutico
e o Ambiente Interpretativo

O Mundo da Interpretação é rico em diferentes possibilidades identificadas com os diversos pontos de vista que se pode construir, as várias opiniões que são aceitas, as novas visões de mundo e de sociedade que são geradas, os muitos olhares sobre a realidade que são produzidos, as outras observações que se visualizam, enfim, um universo investigativo tal que posturas contrárias se chocam e posições adversas entram em conflito, todas essas sintetizadas em novas teses que por sua vez adquirem outras tantas antíteses gerando os mais interessantes e importantes campos de interpretação, em um esforço de lógica do pensamento, de crítica do conhecimento e dialética das alternativas de discernimento conjugados em um quadro hermenêutico único que engloba em si todos os diferenciais interpretativos e investigativos da realidade observada.
Tal ambiente de tendências múltiplas e possibilidades diversas, de opções variadas e alternativas semelhantes mas não iguais configura a região hermenêutica analisada onde a realidade observada e suas construções racionais integram o conteúdo de conhecimento abstraido e apreendido.
Nesse meio de aberturas, novidades e liberdades se encontram as condições indispensáveis ao surgimento da boa interpretação, garantia de segurança para as racionalizações assumidas e consolidadas.
Esse o meio-ambiente da Ciência do Pensamento Interpretativo.

18. A Ótica da Vida

No modo de olhar sempre positivo, otimista e construtivo - e jamais destruidor – que as criaturas humanas mantêm em relação à vida de cada dia, dando-lhe pois um caráter evolutivo e progressivo, construtor de novas possibilidades e alternativas de sucesso, de crescimento interior e exterior, de desenvolvimento de suas capacidades e potencialidades, de sua criatividade original carregada de imensos dons, carismas e talentos, propiciando então sua satisfação vocacional e sua realização profissional, o que, de certa maneira, pensando positivamente e com sua auto-estima elevada, seu alto-astral e otimismo animador de comunidades, motivador de grupos e indivíduos, incentivador de pessoas que geram ambientes de amizades e generosidades, fraternidades e solidariedades, enfim, nesse comportamento cotidiano produtor de saúde pessoal e bem-estar coletivo, onde quase todos se sentem de bem com a vida, gozando assim das boas coisas que a vida tem, a partir é claro de uma experiência de fé em Deus em que fazem da oração seu remédio existencial e espiritual, confiando nesse Senhor e acreditando nesse Deus de forma absoluta, sem reservas e sem reticências, sem ignorância e sem irresponsabilidade, está portanto a Ótica da Vida que cada ser humano em geral traz dentro de si, criadora de liberdade e felicidade para todos e cada um dos que vivem e convivem em sociedade neste mundo em que vivemos.

19. O Detalhe e a Diferença fazem
a Essência do Ponto de Vista

O que mais caracteriza a interpretação de um grupo ou de um indivíduo é a sua vocação natural de ser diferente em cada sujeito humano, com detalhes próprios que a personalizam, com particularidades que a determinam, com singularidades que a definem no meio da sociedade deste mundo em que vivemos.
Detalhar a opinião e diferenciar a interpretação, eis a essência fundamental do ponto de vista articulado por uma pessoa humana que tenta explicar uma situação vivida, ou deseja argumentar em favor das idéias que defende, ou procura
mostrar como suas certezas e suas verdades têm princípios básicos que sustentam o seu discurso, ou quer apresentar as fontes originais de onde surgiram seus conhecimentos agora visualizados.
Essencialmente, o ponto de vista é feito de detalhes que o diferenciam de outras opiniões.
Substancialmente, a interpretação é constituida de diferenças que a fazem divergir ou convergir para outras visões da realidade.
Todavia, nunca as opiniões são iguais embora aparentemente tenham o mesmo sentido.
Assim, observa-se que os discursos humanos, na sua essência, são divergentes ainda que possam convergir na sua aparência retórica ou argumentativa.

20. Fundamentação da Opinião

Para que uma definida opinião tenha bases científicas, ela precisa ser bem fundamentada tanto na sua parte teórica como no seu lado prático. Ou seja, em outras palavras, o ponto de vista de uma determinada pessoa quando enraizado em fontes conscientes em que são aprovadas pelo uso do bom-senso comum ratificado pela sociedade humana, ou confirmadas pela experiência da realidade cotidiana, apresentando pois origens sensíveis e inteligíveis, concretas e abstratas, objetivas e subjetivas, então, nesse instante, aqui e agora, pode ser admitido como possuindo um caráter científico, já que seus fundamentos podem ser considerados de fato universais, necessários, fundamentais, reais e atuais.
Fundamentando nossas interpretações pessoais ou coletivas adquirimos nesse momento diante da comunidade humana lealdade, legalidade e legitimidade, verdadeira credibilidade perante o juizo da sociedade e o tribunal da humanidade, o que na verdade nos possibilita créditos perante as autoridades constituidas, aprovação automática da parte de seus representantes institucionais ou não, confiabilidade para a propagação de seu repertório cultural, sustentabilidade para a assimilação por parte de outros membros da coletividade, e produtividade pensante, discernente e cognoscente por parte daqueles que assumem um compromisso responsável com suas soluções então cabíveis, possíveis e viáveis.

21. A Genética da Interpretação

Interpretar é um desejo humano e uma necessidade natural.
Dentro da sociedade, na família ou no trabalho, na rua ou no supermercado, na escola ou no hospital, no botequim ou na padaria, na farmácia ou no jornaleiro, estamos sempre manifestando a nossa opinião, ou explicando o nosso ponto de vista, ou apresentando a nossa visão da realidade, ou mostrando como interpretamos os fenômenos sociais, políticos, econômicos e culturais, ou como olhamos os seres e as coisas com que convivemos e mantemos contato, ou como visualizamos nossas idéias e as idéias dos outros.
O Fenômeno da interpretação é algo essencial à natureza humana, que, com sua reflexão pensante, discernente e cognoscente, ajuda o mundo a evoluir em suas bases reais e atuais, temporais e históricas, locais, regionais e globais, propicia progresso às consciências e desenvolvimento às suas experiências cotidianas, faz crescer a natureza e o universo, a sociedade e a humanidade, dando-lhes condições de obter maior e melhor saúde e bem-estar individual e coletivo.
De fato, a reflexão interpretativa nos ajuda a resolver os nossos problemas e a solucionar as nossas interrogações existenciais, materiais e espirituais, a satisfazer os nossos desejos humanos e a realizar as nossas necessidades naturais.
O Desejo interpreta e a necessidade explica o que é possível para a natureza humana.
Eis as origens da interpretação.

22. As características de
uma boa observação

Fazer uma boa observação, analisar um determinado aspécto da realidade, interpretar um fato novo ou um acontecimento diferente dentro do contexto histórico em que vive atualmente, visualizar bem as diversas faces do momento real ou da situação presente em que se encontra, eis algumas das circunstâncias filosofáticas que, para serem bem articuladas e desenvolvidas, necessitam de alguns caracteres que tornam a realidade hermenêutica bem definida e bem fundamentada em sua construção interpretativa. Vejamos alguns desses caracteres:
a) a interpretação deve basear-se em detalhes e diferenças, singularidades e particularidades descobertas pelo hermeneuta no interior da realidade analisada
b) o conjunto do discurso interpretativo e suas partes conectadas umas às outras devem ter uma intencionalidade própria e ao mesmo tempo objetivos finais a serem alcançados
c) o conteúdo de conhecimentos interpretativos segue interesses e intenções que o intérprete levanta para chegar aos resultados esperados de sua síntese e análise hermenêuticas
d) o ambiente da interpretação deve ser orientado pelo discernimento entre boas e más idéias, pela construção otimista e positiva, ou negativa e pessimista, de quem realiza a observação da experiência real cotidiana, base fundamental de toda e qualquer boa e verdadeira interpretação
e) a pesquisa hermenêutica e suas hipóteses e experiências interpretativas devem seguir o modelo ético comportamental do cientista filosofático, seus paradigmas de fé e espiritualidade natural, e sua transparência de bons conhecimentos, sentimentos e comportamentos
f) A Realidade da experiência cotidiana é o fundamento da análise e pesquisa filosofática, de onde se constróem suas conclusões positivas e otimistas, as respostas aos grandes questionamentos, dúvidas e incertezas de caráter real e racional, e as soluções necessárias para a gigantesca problemática da vida humana, natural e cultural
g) O Repertório de assuntos, conteúdos, idéias e conhecimentos a serem observados deve ser bastante variado e diverso, sempre novo e diferente, ainda que outras realidades e discursos tradicionais ou não possam ser examinados
h) Todo e qualquer exame filosofático precisa ser bem fundamentado, repousar em bases sólidas de conhecimento e discernimento, com os quais os instrumentos da interpretação podem ser usados com sucesso, prosperidade e tranquilidade
Eis pois algumas características da boa interpretação da realidade do dia a dia de nossas vidas humanas, que se sustentam verdadeiramente a partir da hermenêutica que empreendemos no contexto temporal e histórico, real e atual em que vivemos e existimos hoje aqui e agora em nosso presente e futuro.

23. Discernimento: a ferramenta
da interpretação

Ao se construir o conhecimento e seu conteúdo em forma de outras, novas e diferentes idéias, símbolos e valores, se utiliza da nossa capacidade de discernir os seres e as coisas e seus detalhes diversos e suas diferenças variadas para se obter a perfeita hermenêutica, uma boa qualidade de interpretação sobre a realidade dentro e fora de nós e uma excelente potencialidade de observação dos fenômenos da história cotidiana e seus fatos diários e acontecimentos sempre relativos à natureza humana e seu universo de realidades reais e racionais, conscientes e experienciais, e mesmo irracionais e inconscientes e irreais, frutos da imaginação descontrolada e sem domínio que articula pensamentos dialéticos sem lógica e coerência retórica e argumentativa.
Discernindo as palavras e as ocorrências mentais e temporais, e analisando suas boas possibilidades de interpretação, relativiza-se o conhecimento e faz-se da verdade um processo em construção permanente e progressiva, gerando-se então certezas dinâmicas e processuais que culminam com a obtenção de uma ótima hermenêutica de qualidade e excelência reconhecidas.

24. Fazer bem a diferença

Para que uma boa hermenêutica seja realizada e sua consequente interpretação das coisas tenha sucesso garantido é necessário um ótimo discernimento espiritual a partir de que se faça a devida diferença entre os seres que compõem o ambiente interpretativo.
De posse desses dados, então, o ponto de vista surge bem equilibrado, com bastante conteúdo de conhecimento, sempre detalhando em si, de si e para si, o que é certo e correto, distinguindo-o do que é duvidoso e não aceitável naquele preciso momento onde o pensamento discernindo os fenômenos da consciência constrói a sua opinião bem fundamentada, efeito de um raciocínio bem detalhado e bem diferenciado no que concerne aos objetos da análise hermenêutica sustentada.
Tal clima diferencial, que possibilita o processo interpretativo, constitui a fonte de detalhes responsáveis pelo bom discernimento de espírito.
Nesse movimento detalhador de palavras e diferenciador de mensagens, acontece o discurso hermenêutico e sua dinâmica interpretativa, em função de que é gerado o conhecimento analisado, e se obtêm as raizes de seu repertório de conteúdos e as consequências de sua reflexão contextual de acordo com o tempo e o lugar onde ele se manifesta.
Fazendo sempre a diferença certa, reta e correta é possivel um bom discernimento, razão de um ótimo conhecimento, fundamentos de uma razoável análise interpretativa, sentido da Ciência Hermenêutica.

25. A Verdade é Relativa

Toda e qualquer verdade construida no interior da experiência real humana e cotidiana é sempre relativa a mim. Pois então não existe a verdade, mas a minha verdade.
Observamos assim que os nossos conhecimentos obtidos no dia a dia da nossa vida, as idéias criadas e os valores concebidos, as imagens produzidos e os símbolos gerados, os interesses em jogo e as intenções propostas, as virtudes éticas e as vivências espirituais, existem sempre em função de mim mesmo.
Até o Sol, astro celeste, que brilha e esquenta o tempo e os espaços em volta de si próprio, têm sua luz e calor voltados para a minha pessoa, porque sou eu, cada sujeito em particular, que percebe que o Sol ilumina a mim e para mim, me abrasa e me fortalece, e nessa percepção de cada eu e de todos nós tem sentido a Fogo do Sol, cuja energia de vida funciona para mim e para cada ego, transformados em nós, razão da luz do Sol e sentido do seu Fogo enérgico.
Como também um determinado acontecimento social ou um definido fenômeno cotidiano, como por exemplo uma partida de futebol no Maracanã entre Flamengo e Vasco da Gama, no próximo domingo de tarde, somente existe ou tem razão de ser em referência ao meu eu, na relação que o jogo tem comigo, e generalizando a todos nós torcedores do Vasco e do Flamengo.
De fato, a verdade é relativa.
Ela é relativa a mim.
Ela se relaciona comigo.
Mentém sempre uma referência ao meu ego, a nós, aos nossos egos.
Tal o sentido da verdade e suas certezas dependentes da visão que eu tenho delas, pois precisam da minha interpretação de seus “fatos conscientes” que se dão a mim e a nós, que necessitam do meu olhar sobre elas, a fim de que eu as examine e avalie e então as considere ou não realidades autênticas e transparentes.
Logo, a verdade depende de mim.
Da minha racionalidade interpretadora de suas ocorrências em minha mente.
Da minha ótica interpretativa, portanto, depende a verdade da realidade e suas certezas fenomenais que se ligam a mim e de mim recebem a devida aprovação no que se refere a sua autenticidade real e transparência racional.
Com efeito, o que na realidade existe é a ideologia de Karl Marx, o niilismo de Nietszche, a teoria da relatividade de Einstein, o existencialismo de Sartre, a fenomenologia de Heidegger, o governo de Lula, o presidencialismo de Getúlio Vargas, os massacres de Hittler, o incêndio de Nero, a psicanálise de Freud, a teoria do inconsciente de Young, a filosofia de Deleuze, o realismo de Aristóteles, o iluminismo de Rousseau, o musical de Bethoven, e assim por diante.
De certo modo, as idéias antes são individualistas, personalizadas, e depois se tornam plurais, globais e universais.
Como também surgem de debates e discussões críticas e dialéticas.
Todavia, sobretudo são pessoais.
Relativas a mim.
Assim pois se constitui e sobrevive a verdade em nosso contexto social, político, econômico e cultural.
Depende por conseguinte do nosso ponto de vista.
Igualmente, Deus tem também a sua própria noção de verdade e visão da realidade.
Existem as verdades de Deus.
Relativas a Deus.
Em referência ao Senhor.
Desse modo, funcionam a vida, a natureza e o universo.

26. O que é a História ?
A Consciência da Realidade e
a Interpretação dos Fatos

A Temporalidade e a sua historicidade se caracterizam por ser uma consciência humana acerca da realidade e a sua interpretação relativa aos fatos do dia a dia e aos acontecimentos cotidianos.
Portanto, a história é real mas não é o real, e sim a interpretação do real, a consciência que o homem e a mulher têm de suas manifestações no ambiente que os cerca, afetando pois a sua mente ativa, inserida nesse contexto temporal, real e atual de aparências coisificadas.
Sim, a história não é a realidade, porèm a consciência dessa realidade que se me manifesta como fatos concretos ou acontecimentos diários.
A História logo é interpretação, é a racionalidade humana que se debruça sobre a realidae para interpretar a sua maneira os seus fenômenos aparentemente reais, atuais e cotidianos.
Interpretando, pois, fazemos história.
Então, tomamos consciência dos acontecimentos que tocam a nossa vida, que afetam o nosso ser, pensar e existir, que contagiam o nosso ambiente mental, físico e espiritual.
Essa interpretação é relativa, varia de consciência para consciência, constituindo-se assim nas diferenças que a racionalidade abstrai da realidade e nos detalhes que essa mesma inteligência apreende desse cotidiano real e atual.
A Consciência é interpretativa.
E a história é a consciência dessa interpretação.


27. Olhe a realidade
com outros olhos

Na sua vida de cada hora e de cada momento, procure ter olhos além das aparências da realidade, nelas enxergando o bem das pessoas e o lado positivo das coisas que se movem diante de você, delas abstraindo o bom-senso da razão e o equilíbrio da consciência, com elas apreendendo o otimismo da existência e a alegria de viver e amar, colocando amor nas suas relações com grupos e indivíduos, construindo a paz a sua volta, iluminando os ambientes que lhe são contrários com o farol da justiça e a luz do direito com respeito, pondo ordem nas suas idéias, valores e vivências, disciplinando as suas virtudes éticas e espirituais e as suas experiências com os outros, relacionando-se com eles a partir de um comportamento onde brilhe o sol da verdade e a lâmpada da responsabilidade, comprometendo-se pois com a felicidade da sua comunidade e o bem-estar da sociedade em que está inserido cotidianamente, buscando sempre em todas as coisas e perante todos os seres da natureza e do universo a sua saúde pessoal e o bem-estar coletivo, desenvolvendo por onde passa ações solidárias e atividades fraternas, gerando amigos que se ajudem e articulando atitudes generosas em favor da sua família e dos seus colegas de rua e do trabalho, fazendo assim da sua alternativa de liberdade um instante produtor de situações felizes para as pessoas ao seu lado e em torno de si, sempre com o juízo devido da sua racionalidade natural e cultural criadora da abertura da realidade, renovadora da visão de mundo que você constrói no seu convívio diário e noturno, e libertadora das prisões ideológicas e das escravidões psicológicas carregadas de preconceitos morais e superstições religiosas que adoecem a convivência humana de cada dia e de cada noite, e cegam as boas intenções e os ótimos interesses de quem quer ver tudo bem em seu entorno, só visualizando então o que é bom para todos e cada um, o que faz a alma tranqüila e o que acalma e pacifica o corpo, a mente e o espírito.
Procure olhar assim a realidade que o envolve hoje.
É como se você estivesse enxergando a vida com os olhos de Deus.
Vendo bondade em todas as coisas.
Vendo unidade e concórdia em todos os seres.
Ainda que o cotidiano seja contradição e os contrários da vida permaneçam em choque duradouro e em conflito em todo instante.
Embora saiba que os problemas existem, não olhe a vida a partir deles, todavia ao contrário tenha uma visão otimista da história, acredite nas pessoas de bem e sobretudo confie com fé inabalável nAquele que é o Fundamento de tudo e de todos, Deus da realidade e Senhor do cotidiano.
Deste modo, você será feliz, viverá de bem com a vida e em paz com a sua consciência.
Só olhando o que é bom e faz bem às pessoas que o circulam diariamente.
Assim, você à noite dormirá tranqüilo, em paz com a sua cabeça acomodada bem no travesseiro, calmo na cama que Deus lhe deu para você recuperar as suas energias gastas durante o dia e refazer as suas forças esgotadas a cada noite.
Sim, suas fadigas desaparecerão, seu cansaço não mais o incomodará, seu estresse o abandonará, e suas neuroses cheias de medo e aflição o deixarão sossegado, e nunca mais os pânicos da realidade e os traumas e frustrações da vida passarão por você seja na rua, dentro de casa ou no supermercado fazendo as suas compras diárias.
A Paz estará com você sempre a partir de então.
E Deus lhe abençoará eternamente.