Que a violência
nunca parta de nós
O Mal e a violência que nos rodeiam diariamente são como frutas azedas que não podemos consumir sob o risco de nos contaminar integralmente, ou como pedras espalhadas no meio do caminho que nos fazem tropeçar e cair causando-nos transtornos físicos e mentais e danos materiais e espirituais, ou como espinhos no meio das rosas que nos ferem e arranham originando-nos males corporais e distúrbios sociais e ambientais, ou como o lixo das ruas propagado pelas avenidas e calçadas determinando o nosso incômodo no caminhar e a nossa instabilidade no andar de ida e de volta, ou como os preconceitos mentais e as superstições morais e religiosas que originam o nosso mal-estar psicológico e as nossas aberrações ideológicas como desvios de comportamento, falta de caráter e personalidade insegura, pensamento patológico e imaginação doentia, o que atinge a qualidade dos nossos relacionamentos cotidianos e a boa compostura de nossas atitudes sensatas e racionais, inteligentes e equilibradas, definindo assim o bom estado ou não das nossas relações humanas e naturais, sociais e culturais, políticas e econômicas, morais e religiosas, artísticas e científicas, esportivas e recreativas, históricas e filosóficas dentro desta sociedade real e atual neste mundo em que vivemos.
Assim é a violência.
Maldade que se dilata rapidamente.
Mal-estar que se propaga velozmente.
Uma ação irregular.
Ou um sentimento contraditório.
Ou uma razão inconsciente.
Ou uma atitude impensada.
Ou um gesto obsceno e infeliz.
Ou um palavrão dito na hora errada.
Ou uma contrariedade individual e coletiva.
Ou uma paixão adversa com conseqüências irreparadoras.
Ou uma mentalidade de risco e de morte.
Ou uma cultura desumana e sem piedade.
Eis o estado doentio de uma pessoa ou de uma sociedade cujos efeitos desastrosos e catastróficos são a tristeza passional e a angústia de momentos de medo, a aflição em forma de desespero, e o pânico capaz de destruir consciências antes consideradas seguras e normais, tranqüilas e pacíficas, calmas e sossegadas.
Todavia, que esse mal social não parta jamais de nós.
Que não se inicie em nós a destruição do caráter e a eliminação de uma sociedade aparentemente de bem com a vida e em paz consigo mesma.
Que nunca comece em nós a violência cujas situações de contradição culminem em tiroteio e balas perdidas, em briga e pancadaria, em quebra-quebra e sofrimento, em dor e morte.
Devemos ao contrário preferir a bondade das ações tranqüilas, a ética dos comportamentos equilibrados, a espiritualidade das atitudes sensatas, a calma do jeito responsável de viver, do modo respeitoso de se relacionar e da maneira consciente de se comprometer com as coisas boas da vida que nos levam à paz social e ao bem-estar das comunidades que freqüentamos todos os dias e todas as noites.
Sim, que o mal nunca parta de nós.
De nós, apenas o bem e a paz, a fraternidade e a solidariedade, a ordem e a justiça, o direito e o respeito, a verdade e a transparência, o equilíbrio e o bom-senso, a alegria e o otimismo, o sorriso e o pensamento positivo.
De nós, somente a bondade e a concórdia.
E então Deus nos abençoará com longos dias.
Seremos realmente felizes.
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